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Seguro, o PS e o XIX congresso.

Este intempestivo congresso, aparentemente desnecessário, agora, pela quase unanimidade à volta de Seguro, pode ter sido bem importante em termos de fazer passar a mensagem do PS.
Em tempo de grande amargura para a grande maioria dos portugueses, em tempo de recessão económica, em tempo de crise de valores, em tempo de enorme desemprego, em tempo de desnorte governativo e logo após os dislates presidenciais no seu discurso do 25 de abril. Este tempo de antena dado ao PS em todas as televisões só pode ter ajudado a fazer chegar aos portugueses a mensagem que a direção deste partido quer fazer chegar.
Pois bem, fomos ouvindo várias intervenções de vários oradores, mais ou menos conhecidos, e fomos reparando que a unidade discursiva era mais ou menos evidente, embora possa parecer um pouco forçada em algumas ocasiões. Mais combate ao governo, mais ataque ao presidente da república, mais bicada na Troika, menos bicada na esquerda parlamentar, lá foi evoluindo até ao discurso final de António José Seguro.
Chegados aqui, o congresso passou a ter um interesse superior, já que se esperava desta ultima ida à tribuna, uma apresentação de um projeto de programa de governo. Foi um discurso seguro, apresentou ideias que roçam o brilhantismo, falta que se concretizem caso chegue ao governo. Começo a ouvir falar em salvar empresas que tenham dívidas ao estado e à banca, coisa que nunca antes havia escutado de nenhum político. Esta sim seria uma excelente medida para estancar o desemprego. O nosso tecido empresarial está absolutamente em cacos e terá de ser a juntar os cacos que poderemos alcançar a solução inicial e que poderá levar a um rejuvenescer do nosso tecido empresarial. Sei do que falo por experiencia própria.
Agradou-nos também saber da disponibilidade para a construção de um governo multipartidário caso o PS ganhe as eleições. Acho que pode ter gente de todos os quadrantes políticos desde o PSD ao PCP passando por BE e CDS, desde que a filosofia orientadora seja a da defesa imediata dos portugueses.
Dizemo-lo sem acreditar na possibilidade da solução por radicalismos de várias naturezas, mas achamos do que temos ouvido a personalidade do PSD, do CDS, do BE e da CDU, que seria possível o PS fazer um programa de governo bastante mais à esquerda do que temos tido nos últimos 25 anos, sem chocar grande parte dos membros desses partidos, tal o consenso que se gerou em combater estas políticas governativas com perfume neoliberal de origem europeia, a que se tem dado o nome de austeridade.
Austeridade seria se fosse para todos, mas não é, vejam-se os lucros e os prémios de algumas empresas nacionais e seus gestores. Situação que até poderia ser aceitável se não fossem tais ganhos realizados em cima das perdas e desgraças dos cidadãos mais desfavorecidos, com pagamentos diretos do estado por força de contratos que já há muito deviam ter sido alterados.
No nosso entender deveria o PS tentar encontrar entendimentos à esquerda para fazer com que a balança pendesse para o lado oposto daquele onde sempre tem estado, com os resultados que hoje são visíveis. Assim e dada a natureza intransigente do BE e da CDU, deverá a abordagem ser cuidadosa mas firme, com a afirmação que algum rigor terá de existir para controlar as contas públicas, disso não pode restar a menor dúvida. Não se pode agora ir com toda a sede ao pote, podia partir-se.
Esse rigor deverá incidir sobre esses tais contratos de rendas garantidas primordialmente e em contratações milionárias de serviços absolutamente desnecessários por ter o estado a competência para os fazer. Deverá ser explicado que o memorando existente não necessita de ser rasgado, necessita apenas de ser renegociado de forma a poder deixar de se chamar memorando de agressão e poder chamar-se memorando de ajuda financeira. Talvez a responsabilidade de ter de governar trouxesse alguma temperança a estes partidos de esquerda mais radical, nos quais encontro em termos ideológicos muitas das nossas ambições.

GOSTÁMOS DO QUE OUVIMOS NESTE DISCURSO DE ENCERRAMENTO, SABEMOS QUE NÃO AGRADOU ÀS DELEGAÇÕES DOS OUTROS PARTIDOS PRESENTES NA SALA, MAS CREIO QUE A ESQUERDA PRESENTE APENAS QUERIA OUVIR O RASGAR DO MEMORANDO PARA FICAR SATISFEITA. DEVERIAM “BEBER” NA TEORIA DO RECUO ESTRATÉGICO DO LENINE, PARA SABEREM QUE POR VEZES O ACEITAR PARA ALTERAR É MUITO MAIS PRODUTIVO QUE RECUSAR LIMINARMENTE. AOS OUTROS DA MAIORIA QUE APOIA O GOVERNO, SOMOS TENTADOS A ENTENDER A RETÓRICA DA DEFESA DAS ASNEIRAS GOVERNATIVAS, MAS SEM CONCORDAR COM ELA.

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SWAPS e manipulação das cabeças dos portugueses.

Este assunto dos SWAPS parece ser mais uma das causas deste governo, surgida nesta semana, para desviar atenções.
Pois se não vejamos, este tipo de contratação de SWAPS, que foi possibilitado em 2003 na governação de Durão Barroso, tornou-se um tipo de ferramenta de gestão em muitas empresas do setor empresarial do estado, com a ideia base de cobertura adicional face às oscilações das taxas de juro. Parece que alguns destes produtos financeiros associaram à ideia base, uma outra, a possibilidade de ganhos especulativos.
Questionamo-nos assim, porque será este assunto motivo para conferências de imprensa da senhora secretária de estado e porque terá ela a vontade férrea de colar a Sócrates alguma da responsabilidade das potenciais perdas do estado?
Ver aqui notícia
Pois esta colagem a Sócrates até pode convencer alguns, mas creio que não convencerá a maior parte dos cidadãos esclarecidos e minimamente conhecedores da gestão das empresas em causa. O estado tutela, mas não gere as empresas nem tem o direito de se imiscuir nesse tipo de processos, como muito bem saberá a senhora secretária de estado, pois foi administradora da REFER para a área financeira de 2001 a 2007, período no qual foram contratados esses produtos nessa empresa. Diz a inspeção que esses sem a componente especulativa associada. Resta confirmar isso de fonte segura.
Mas algo nos dá prazer e até traz alguma tranquilidade, o facto de que este governo agora já acha que se podem renegociar contratos sobre juros a pagar aos credores. Porque não alarga esta visão então a todos os contratos onde temos juros a pagar? Conseguindo negociar dessa forma na divida pública poupar-se-iam muitos milhares de milhões, agora por ano e não na vigência dos contratos, como no caso dos SWAPS, algumas centenas de milhões.
Folgamos assim em saber que esta frase de Pedro Passos Coelho já não é para seguir à risca e já se admite a negociação ou até a ida para a discussão judicial da legalidade desta divida. Fica a afirmação na AR num dos debates quinzenais em outubro de 2012:
“Eu pertenço a uma raça de homens que não se vira para aqueles que lhe emprestaram o dinheiro e dizem depois que não aceitam chantagem porque querem ver o dinheiro de volta, ou que dizem depois não há o direito de se coagir por se dever”
O mais grave disto tudo é o querer colar a Sócrates estas contratações, quando as assinaturas nos contratos, são de gente afeta ao PSD como é o caso da ilustre secretária de estado. Dois membros do governo já foram embora, os outros ainda não foram sustentando a não ida pelos dossiers importantes que têm em mãos. Não deixa de ter graça esta abordagem, mas dizem algumas opiniões mais conspirativas, que este é um ajuste de contas interno ao PSD e apenas se destina a cortar cabeças a alguns laranjas mais incómodos.
Para rematar o tema, que de todo não me é familiar nem causa gosto de nenhum tipo, digo que este tipo de produtos financeiros, são as causas da desgraça das economias, pois são virtualidades económicas não sustentadas em coisas palpáveis. Digo a título de mera informação o seguinte: Em 1986 os produtos financeiros existentes no mundo eram equivalentes em valor ao PIB mundial em 1986, pois em 2012 os produtos financeiros eram o equivalente a 300% do PIB mundial em 2012. Por aqui se vê que para garantir lucro especulativo a dois terços destes produtos, tem de se encolher no que é economia real ou seja no que é realmente produzido.
Floresce assim a banca e alta finança e definham todos os outros setores, ainda que produtivos e uteis.
PODE E DEVE ESTE OU OUTRO QUALQUER GOVERNO, AVERIGUAR DA JUSTEZA DESTAS FERRAMENTAS DE GESTÃO, PROIBIR OU AUTORIZAR O SEU USO, OU APENAS BALIZAR EM QUE TERMOS DEVEM SER USADAS. JÁ LUTAR JUDICIALMENTE CONTRA A BANCA, SE DEFENDER LEGITIMAMENTE OS INTERESSES DO PAÍS, TERÁ SEMPRE O MEU APOIO, EMBORA ATÉ HOJE NÃO FOSSE O QUE DEFENDIA ESTE GOVERNO.
TENTAR COLAR A SÓCRATES, AS POTENCIAIS PERDAS POR VIA DESTAS CONTRATAÇÕES É QUE ME PARECE MESQUINHO, FALSO, BACOCO E DESPRESTIGIANTE DA CAPACIDADE DE ENTENDER DOS PORTUGUESES. TERÁ ELE TANTA CULPA COMO ESTE GOVERNO NO DUPLICAR DO VALOR DAS POTENCIAIS PERDAS DESDE QUE TOMOU POSSE. EU JULGO QUE NENHUMA CULPA EM NENHUM DOS CASOS.

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A nossa classe política reinante (presidencial).

Só hoje, porque para definir em poucas palavras o discurso do nosso presidente, foi necessário muita concentração e análise.
O pior de tudo é que só consegui encontrar verdadeiro eco do discurso comemorativo do 25 de abril na assembleia da república, realizado pelo prof. dr. Cavaco Silva, no seguinte trecho de um texto de Freud:
“Existem infinitamente mais homens que aceitam a civilização como hipócritas do que homens verdadeiramente e realmente civilizados. É até lícito perguntarmo-nos se um certo grau de hipocrisia não será necessário à manutenção e à conservação da civilização. Isto, dado o reduzido número de homens nos quais a tendência para a vida civilizada se tornou uma propriedade orgânica.”

Sigmund Freud, in ‘As Palavras de Freud´
Coloco a frase a laranja por ser a facção a que Cavaco se colou de forma inequivoca neste discurso que deveria ser de homenageante ao 25 de Abril. Escolho-a porque deste discurso ressalta a ideia da hipocrisia e porque não se nota nem sinal da orgânica civilizacional de que Freud fala.
COM ESTA ESTIRPE DE POLÍTICOS QUE CHEGAM A PRESIDENTE, NUNCA SEREMOS UM PAÍS CIVILIZADO.

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Os valores do 25 de abril e a entrevista do ex-Sec. Estado da Energia.

Esta madrugada vi e ouvi o Eng. Henrique Gomes, na SIC noticias a falar da razão da sua demissão. Porque não fez o mesmo o ministro Alvaro perante a desautorização?
Como não posso colocar a ligação para o vídeo do programa porque a SIC não disponibiliza gratuitamente, deixo um vídeo onde Jose Gomes Ferreira, o entrevistador fala deste assunto.
Ver aqui o vídeo
Pelas razões que JGF aqui fala, eu digo que tendo prestado atenção à entrevista fiquei estarrecido com a situação e um adepto incondicional do eng. Henrique Gomes, ex membro deste governo de ignorantes e incompetentes. Admiro gente de valores e que não está agarrado ao poder, mesmo que não seja da minha cor política.
Junto outra noticia agora da TVI que esclarece o que iria dizer o homem no ISEG, e do que foi impedido, tendo assim pedido a demissão por razões pessoais. Ouça-se também o que diz o principal beneficiado deste imbróglio, António Mexia, que assim continuará a receber 3.000.000€ de prémios anuais “roubando-os” aos seus concidadãos.
Vídeo notícia TVI
O homem foi pura e simplesmente impedido de falar deste assunto das rendas excessivas pagas ao setor elétrico. Tudo porque afrontava a EDP e os seus acionistas, sobretudo a banca portuguesa e internacional. Ele disse-o sem rodeios, elogio-lhe a coragem e frontalidade.
Como se vê alguém que afronta os grandes interesses, tentando assim defender o estado e assim os portugueses em geral, é imediatamente posto à margem.
Ele tentava poupar algo como 4.900.000.000€ ao estado a pagar à EDP até 2020 e por isso foi logo corrido. É muito mais fácil tirar esse valor aos desgraçados dos pensionistas e desempregados e funcionários públicos e despedir pessoas dos hospitais e escolas, que cortar nos ganhos criminosos destes parasitas bem cimentados na oligarquia do poder económico.
Para exemplo digo que só no setor das renováveis, a EDP em Portugal tem uma rentabilidade liquida, segundo ele, de 46%. Enquanto no resto da europa apenas 12% e no resto do mundo ainda menos que isso.
Este primeiro-ministro e o seu ministro Alvaro, entre fazer o que era certo ou deixarem-se comandar pelo poder económico, escolheram o que tipicamente escolhem os incompetentes, deixar cair o secretário de estado.
Questiono porque terá ficado o ministro Alvaro, que apoiava a estratégia do ex sec. de estado , tendo sido desautorizado desta maneira pelo PM? Ele que até é independente e tem o seu ganha-pão assegurado dando aulas numa universidade fora de Portugal? Se num dia faço a sua defesa, logo no outro tenho de o criticar. Triste sina, a do Alvaro.
Concluo dizendo que o ideal do 25 de abril de 74 está por alcançar hoje ainda, 39 anos depois da revolução dos cravos. Uma parte desse ideal era o ter os mais sérios e honestos a governar, bem se vê por esta situação que só governam os que se deixam manipular pelo poder económico. Era contra isto que muitos lutavam no tempo do fascismo.
DEPOIS DESTA ENTREVISTA SE A OPOSIÇÃO SOUBER SER CAPAZ, DEVERÁ CHAMAR AO PARLAMENTO ESTE SENHOR E APURAR ATÉ QUE PONTO A EDP PODE TER O SEU PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO A ABRIR CHAMPANHE, À CONTA DO ESTADO, APENAS PORQUE CONSEGUIU FAZER DEMITIR UM HOMEM SÉRIO.

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Isaltino Morais e a palhaçada do seu processo.

Hoje de novo uma diligente juíza, certamente no uso das suas legais competências, emite mandado de detenção para Isaltino Morais. Mais um disparate, possivelmente.
Se não tiver outra virtude, pelo menos tem o mérito de ter posto um criador de sítios na internet a fazer um trabalho bem interessante, colocando um cronómetro a contar o tempo da detenção do Dr. Isaltino Morais.
Sítio com cronómetro realizado por Marco Almeida.
Agora a nossa opinião acerca do assunto:
Se o caso não colocasse alguém na cadeia daria para rir, se também o motivo dos processos movidos a Isaltino Morais não fosse grave também seria caso de riso. O mau da coisa é que o assunto é sério nas suas duas vertentes.
Se não vejamos,
Isaltino é arguido primário e nunca condenado antes. Foi condenado, depois dos recursos, a dois anos de prisão. Temos a certeza absoluta que por este tipo de crimes nunca ninguém foi condenado a dois anos de prisão efetiva em Portugal. Ou foi condenado a um período que não legitima a suspensão da pena ou a mesma foi de prisão mas com pena suspensa. Como tal achamos nós, que nada nos liga a Isaltino nem à sua cor politica, que Isaltino Morais está a ser condenado como exemplo para possíveis futuros prevaricadores e não respeitando a prática corrente nos julgamentos semelhantes, a tal jurisprudência.
Ora tal condição de aplicação da lei não nos agrada nem é justa por não avaliar dentro do mesmo enquadramento penal todos os cidadãos, aqui prejudicando claramente o cidadão Isaltino por querer fazer dele um exemplo e por ser uma figura pública. Por vezes ser conhecido pode ser prejudicial, sobretudo se afrontam os poderes partidários instituídos.
De todo não queremos branquear o que o cidadão Isaltino, servindo-se das funções que desempenha, possa ter atentado contra a legalidade, não tem a ver com isso esta nossa avaliação da coisa, até porque de todo não conhecemos o processo. Dar opinião sem conhecer pode dar prazer, mas nunca será mais que pura adivinhação, com a total ausência de justiça desse procedimento, a acertar será pura sorte, assim sendo não opinamos. Tem apenas a ver com a aplicação da lei e da avaliação que os juízes fazem disso.
E nem sempre uma pessoa ser condenada e presa representa a aplicação da justiça, muitos são presos sendo inocentes, nunca o estado repondo a verdade de forma reparadora nessas situações. Mas acontece que já uma vez uma Srª Juíza mandou prender o Sr. Isaltino e umas quantas horas depois teve de o libertar, porque não se verificavam todos os preceitos para efetuar a detenção e posterior prisão do arguido.
Agora havendo a possibilidade de o cidadão Isaltino, conhecedor das leis por ter sido magistrado do MP, ter o direito a permanecer em liberdade, não se percebe a atitude de o mandar deter, ele ao que parece nem quer fugir andando por aí. Pois deixem-se os recursos chegar ao seu fim e caso não se altere a sentença, prenda-se nessa altura. Entendendo eu como muito injusta tal prisão pela medida da pena sem a respetiva suspensão. Assim soa a algum tipo de perseguição pessoal.
Tais atitudes por parte de um certo grupo de ingénuos e incompetentes juízes apenas concorrem para o descredito dos cidadãos na nossa justiça. Contentam-se com um momentâneo e fugaz protagonismo.
Caso o Dr. Isaltino venha a ser libertado esta juíza coloca a ridículo a justiça e a forma de ser aplicada. Vindo o populismo e a ignorância dos opinantes a levar as pessoas a dizer que alguns escapam sempre, colando isso à capacidade económica ou ao lugar político que ocupam.
Nada disto aproveita ao país nem à muito nobre arte de aplicar a justiça.
Claramente, hoje muitos senhores e senhoras vestidos com toga preta atrás das tribunas das salas de audiência não têm estrutura moral nem experiencia de vida que lhes permita desempenhar a sua função de forma capaz e sabedora. Arrastando assim toda a corporação para a baixa classificação quando os cidadãos julgam o desempenho da justiça portuguesa.
AFLIGE-NOS A DISCRICIONARIDADE COM QUE OS SENHORES JUIZES AVALIAM AS CAUSAS E A FORMA INTUITIVA COMO SENTENCIAM EM FUNÇÃO DAS SUAS CRENÇAS, DEMONSTRANDO UMA VONTADE FERREA DE MOSTRAR PODER.
SE ESTE HOMEM NÃO MANIFESTA VONTADE DE FUGIR, SE HÁ MECANISMOS DE O IMPEDIR DISSO, NÃO PERCEBEMOS A PRESSA EM O PRENDER. IMAGINE-SE QUE OS RECURSOS LHE SÃO FAVORAVEIS, COMO REPARARÁ A SRª JUÍZA TAL DETENÇÃO.
DEFENDEMOS INTRANSIGENTEMENTE O PRINCIPIO QUE: MAIS VALE DEIXAR ESCAPAR DEZ CRIMINOSOS QUE CONDENAR UM SÓ INOCENTE, DE TODO NÃO ATRIBUINDO A CONDIÇÃO DE INOCENTE AO DR. ISALTINO, PARECE MESMO QUE NÃO É, MAS ISSO NÃO LEGITIMA O DESRESPEITAR DA LEI POR PARTE DOS JUIZES.

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A execução orçamental e o pacote de medidas do ministro Álvaro.

O ministro Alvaro hoje no final do conselho de ministros apresentou um listado de medidas que se forem à prática podem trazer benefícios à nossa economia. Mau é se for apenas propaganda para acalmar os contestatários.
Os anúncios de boas medidas foram em catadupa, apenas se pergunta, porquê agora e só agora, estas medidas que não custam dinheiro ao estado, do que depreendo, já não podiam ter sido há mais tempo? Em nosso entender, podiam e deviam tal como temos vindo a dizer faz meses ou anos. Até pareço o Cavaco a autoelogiar-se.
Anúncios ao minuto do ministro Alvaro. In Expresso
Bom admitamos que vale mais tarde do que nunca. O que nos parece bem seja anunciado por quem for será sempre bem-vindo, acho que o governo é incompetente, mas nunca direi mal de medidas que me parecem bem. Veremos se passam à prática e de que forma vai ser distribuído o montante dos financiamentos por regiões e setores de atividade, além de que condicionalismos serão colocados na análise do risco por parte da CGD, na atual conjuntura se não aligeirarem os critérios, o dinheiro será para os mesmos de sempre. Os que não precisam dele.
Hoje nem pareço o MALDOSO CAMPÓNIO dos outros dias, tão bem estou a tratar o governo, pois bem, contra as minhas previsões a execução orçamental do 1º trimestre nem correu assim tão mal como eu previa, embora revele um continuo afundar da economia pela baixa brutal da receita proveniente do I.V.A. É que exportar não gera I.V.A, já alguém teria pensado nisso? As mais-valias geradas na transformação para a exportação são isentas de I.V.A ao abrigo do nº 14 do artº 1 do CIVA. Depois outra atividade que gerava brutais receitas de I.V.A era a construção e agora está absolutamente parada ou quase.
Bem sei que esta analise não leva em linha de conta a devolução que vai ter de fazer por via do chumbo do TC a certas medidas. De qualquer das formas, ainda que não estejam contabilizadas, se estivessem não se passaria o limite acordado com a Troika, essa já é uma excelente noticia. Esperemos que a coisa se confirme e que os números não tenham sido manipulados.
Pois hoje e após desgraças consecutivas o governo teve um dia bem simpático e que pode ser um dia bem interessante para os portugueses a passarem à prática os anúncios do ministro Alvaro e os números da execução serem os apontados.
Ver noticia da analise da execução orçamental in Expresso
Agora em Maio virá o orçamento retificativo que acomodará todos os desvios, logo veremos o que trará de cortes e o que isso provocará na receita e despesa até final do ano.
Para concluir, sempre achámos este governo incompetente, e muito provavelmente estas medidas mais não são que o serenar as coisas por agora em termos políticos e de contestação, se assim for não passarão à prática e não sortirão nenhum efeito positivo sobre a economia e o descalabro continuará até à debacle final.
Mas estas medidas por si só nunca chegarão, e teremos de cair no segundo resgate e nem por isso eu acho que será pior, antes pelo contrário. Tranquiliza-me muito mais que voltar aos mercados nas condições frágeis em que estaremos por muito tempo, e cair nas mãos dos especuladores. Começarei a moderar a minha classificação de incompetência do governo se falar a verdade e anunciar a negociação de um segundo resgate. Já se viu que não vamos ter dinheiro a taxas decentes nos mercados. Se a Troika ficar, mas devidamente subordinada e a fiscalizar o acordado mas este acordo for simpático para Portugal, pois fique e seja bem-vinda.
Continuo a achar que estes três credores nos deviam emprestar tudo o que precisamos para lhes ficar a dever só a eles e assim se ir reduzindo as necessidades de financiamento nos mercados como objetivo de começar a baixar o rácio da divida no PIB.
ESTE GOVERNO NÃO PASSOU DE BESTA A BESTIAL, MAS NEM O MAIS INCOMPETENTE DOS GOVERNOS FAZ SEMPRE TUDO MAL. HOJE TEM O NOSSO BENEFICIO DA DÚVIDA, NÃO O NOSSO APLAUSO, PORQUE GATO ESCALDADO DA ÁGUA FRIA TEM MEDO.

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Barroso e a sua nova visão da austeridade.

Lemos hoje que Durão Barroso presidente da comissão europeia, disse umas coisas que não lhe ficariam mal se ainda fosse membro do MRPP.Tal o alinhamento com a oposição mais à esquerda.
Claro que o sentido do que dizemos acima não é criticar o presidente da comissão europeia pelo que disse em termos literais, antes pelo contrário estamos completamente de acordo, achamos mesmo que a não ser correta a “narrativa” será porque ainda tenta esconder as evidentes asneiras desta política económica, admitindo que até pode ser acertada.
Ler aqui o que diz Barroso
Veio hoje em pés de lã o Sr. Durão Barroso, dizer que esta política de cega austeridade é impossível de implementar e que embora os tecnocratas e técnicos da econometria e das folhas de Excel, digam que este é o rumo certo economicamente, não sabem como implementá-lo nas sociedades e nomeadamente nos países. Não sabem nem podem saber, nunca ninguém o fez sem uso dos mecanismos cambiais e nunca foi feito dentro de uma união económica com vários países, sem união bancária e sem uniformidade fiscal. Esta atitude aplicada aos periféricos pode eventualmente funcionar para a Irlanda que nunca teve um problema económico, apenas tinha problemas no setor bancário, mas nunca para os outros.
A nós parece-nos que baixando o PIB, e mantendo deficits, cada dia mais nos afastaremos da possibilidade de pagar. Mas para piorar toda a situação, a política de consolidação gera desemprego e baixa a receita do estado logo mais deficit, o que implica imediatamente mais dívida.
Não é por isso uma questão social ou política que impede a aplicação destas tecnocráticas e experimentais medidas, é mesmo a questão económica. Essa e só essa, porque não funciona e agrava todos os problemas que pretende corrigir, é que leva a que as pessoas não aceitem a sua aplicação, é o empobrecer das pessoas que gera a impossibilidade social e política.
Mas não era necessário ser muito inteligente para o ter percebido, bastava olhar para a Grécia com a devida adaptação temporal para o entender. Mas o que preferiram e ainda preferem hoje os nossos governantes? Demarcar-se da Grécia e colar-se à Irlanda, numa hipócrita e bacoca tentativa de enganar os mercados e os credores, convencendo-os de uma realidade que não existia nem existe.
Sempre o dissemos em relação à Grécia e agora dizemos o mesmo para os espanhóis que dizem que não são os portugueses, efetivamente não são os portugueses, mas em termos de finanças públicas são iguaizinhos a nós e aos gregos e aos italianos. Efetivamente têm economias mais fortes, mas também os números são outros e as contas não estão ainda tão claras como as nossas e as gregas. Se a política da UE não mudar, ficarão na nossa situação e ainda pior no que respeita ao desemprego.
Temos dois caminhos, um mais europeu, outro mais nacionalista, para tentar ultrapassar esta terrível situação:
1º — A europa mudar de paradigma de união, construir a união bancária, instalar a uniformização fiscal e criar endividamento com risco comum, as tais eurobonds ou lá como se chamam. Garantindo assim uma taxa de juro, nos mercados, que só por si quase anularia o deficit, poupando ao nosso orçamento mais de 5MM€ por ano se a taxa fosse a da Alemanha. Situação que permitiria anular a parte remanescente do deficit pela via da receita pelo crescimento económico daí resultante. Tudo até sendo possível baixar os impostos e aliviar a sobrecarregada classe média.
2º — O caminho mais nacional será, o nosso governo, aceitando as dicas dadas pelo Eurogrupo, pelo FMI e agora por Barroso:
Renegociar sozinho com os credores, várias medidas que permitam pagar a divida e ao mesmo tempo manter as finanças públicas a funcionar. Como será isso possível? Baixando os juros anuais para metade, obter um período de carência para as amortizações do stock de divida, dilatar os prazos de pagamento para um universo temporal de 35 a 40 anos.
Rapidamente o governo aplicar medidas que combatam o desemprego e primordialmente estanquem as insolvências das empresas, principal razão do desemprego. Isso faz-se injetando dinheiro nas empresas e como contrapartida obrigando-as a contratar pessoal.
Para que as empresas necessitem de mais pessoas será necessário dar algum poder de compra aos mais desfavorecidos, aumentando as pensões mais baixas e o salário mínimo de forma significativa. Em ambos os casos nunca menos que 20%.
Pode ainda ser um novo resgate (só do FMI) a forma de resolver este problema da dívida, mas de montante capaz e prazos enquadráveis nas nossas possibilidades, bem como com taxas de juro indexadas ao crescimento ou ao aumento das exportações.
Supomos que tal negociação se poderá fazer por via direta com estados com liquidez para afastar os mercados desta equação, pois estes têm um voraz apetite pelo lucro a qualquer preço. Dever-se-iam cobrir por estes novos empréstimos os pagamentos a fazer mais brevemente, contratando-os por prazos dilatados da ordem dos atras falados.
Estas medidas de austeridade ao mesmo tempo em todo o lado, cumulativamente a tentativa de todas as economias mundiais fazerem das suas exportações o motor para equilibrar as finanças próprias e ainda a diminuição das importações como equilíbrio das balanças de transações com o exterior, levou a esta indescritível situação em que a europa se encontra.
RESTA-NOS AVANÇAR POR UM DOS CAMINHOS, OU COM A EUROPA NO EURO COM A MUTUALIZAÇÃO DA DIVIDA, OU FORA DO EURO E DA EUROPA PELOS PROCESSOS ENUNCIADOS.
O MEDO DO DEVIR E O MANTER DESTE CAMINHO DE EMPOBRECIMENTO APENAS NOS LEVARÃO A UMA SITUAÇÃO PIOR QUE A QUE TEMOS.

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Opinião do Eurogrupo, na análise de Gaspar e de Seguro.

Esta gente ou não conversa uns com os outros ou entendem a mesma coisa de forma diferente.
Hoje vem Seguro dizer que das palavras do presidente do Eurogrupo retira que este está aberto à renegociação do memorando. Mas eis que Gaspar, sobre a mesma declaração do tal holandês que por vezes diz coisas inusitadas, chama a atenção para o facto de que estamos a fazer interpretações erradas do que o tal senhor presidente do Eurogrupo.
Noticia da análise de Seguro
Na perceção de Seguro o homem disse que porque Portugal se tem esforçado mas a coisa está cada dia pior, teremos de renegociar os prazos e os valores a consolidar em cada ano. Dizemos que esta é também a nossa leitura do que disse o tal holandês de nome muito estranho (Jeroen Dijsselbloem). Leitura que dá razão ao que tem vindo a dizer António José Seguro que será um dos pilares da mudança.
Já o ministro Gaspar, refém da sua política de austeridade assente em modelos econométricos e folhas de Excel que ao que parece têm alguma formula errada, vem dizer que se está a fazer uma análise errada das palavras do tal senhor. Aqui é que já deixamos de novo de entender se Gaspar defende os interesses do nosso país ou se como dizem os jornalistas irlandeses defende os interesses dos credores, agora com a Troica à cabeça. Mas não será do interesse de Portugal levar à letra o que disse o tal holandês e forçar a renegociação de prazos e valores? A nós claramente parece-nos que sim. Bem sabemos que deve custar muito ao inteligente e calmo Gaspar, admitir que espavoridos Comunistas, Bloquistas e Socialistas da nossa parvónia, têm tido razão na oposição discursiva que têm movido a sua excelência o ministro das finanças quando este defende a austeridade como único caminho.
Noticia da análise de Gaspar
Nós acreditamos que o governo Português estará a lidar com gente inteligente, assim sendo não será difícil explicar a essa nobre gente que este caminho não está a produzir os resultados esperados, a continuar esta prática no final do resgate estaremos pior que no início dele. Achará pelo contrário o senhor ministro Gaspar e seu chefe Coelho que esta gente é uma cambada de bárbaros e não entendem nada? Como tal não admitem alterações ao inicialmente estipulado, ainda que tal prática leve Portugal ao colapso económico com maiores custos para toda a gente, até para os credores, imagine-se.
O homem que lidera o Eurogrupo, abriu as pernas todas, o que não terá percebido o ministro Gaspar daquelas palavras? Será burro ou apenas teimoso? Custar-lhe-á admitir que é um mau ministro das finanças? Que é um economista tecnocrata que nunca teve de gerir coisa nenhuma? Que começou a tropa por general sem perceber nada de serviço militar? Pois a nós parece-nos claro que é isto que está a acontecer. Resume-se bem numa frase da sabedoria popular esta atitude do nosso governo: São mais papistas que o papa. O mau disto é que não tinham nenhuma experiência de gerir coisa nenhuma.
Perante esta falta de argucia e de discernimento político restaria a um mau ministro mas bom patriota e ser inteligente, pedir a demissão. Fundamentaria facilmente a sua atitude no facto de já ser o único a acreditar num remedio que apenas levará à morte.
POIS DEMITA-SE SENHOR MINISTRO VITOR GASPAR, TALVEZ A SUA DEMISSÃO FAÇA A MÚMIA QUE DORME EM BELÉM, DESPERTAR PARA A REALIDADE E DISSOLVA A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.

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As divergências na coligação e o célebre nem mais dinheiro nem mais tempo.

Lemos hoje que será Paulo Portas quem está a travar a aplicação drástica de algumas das medidas propostas por Passos e Gaspar.

Parece mesmo que alguns ministros já começam a fazer esforços para aguentar a situação de algum desentendimento nas reuniões do conselho de ministros, lançando desabafos impróprios em pessoas que têm a obrigação de nos governar competentemente.
Ver notícia
Para aqueles que ingenuamente teimam em não perceber que a única coisa que ainda mantem a coligação e o governo é a ansia de se agarrar ao poder, basta irem lendo a comunicação social, escutando alguns comentadores e observarem as manobras táticas do CDS para tentar passar pelos intervalos das gotas desta chuva acida que são as medidas de austeridade propostas pelo governo.
Continuamos por isso a dizer que por muito e bem que mintam em relação à solidez da coligação, não vão conseguir manter a mascara por muito mais tempo. Nesta operação de mentira cosmética participa claramente o senhor presidente da república ou então é um dos milhões de ingénuos que acreditam na solidez da coligação e do apoio parlamentar dos dois partidos. Mas se ao normal e comum dos cidadãos se pode aceitar tal ingenuidade, ao presidente da república, que tem centenas de assessores, tanta ingenuidade soa a burrice ou má-fé.
O tempo mostrará, no que respeita aos partidos da coligação, que é mais o que os separa que aquilo que os une, ainda que façam um teatral esforço para demonstrar o contrário.
Para encerrar este assunto digo que para todos perceberem que, este governo já não tem força anímica nem coordenação, basta compararem a postura do senhor primeiro-ministro no último debate quinzenal na AR com a dos anteriores debates. Já não tinha o ar de superioridade, já não se ria das intervenções dos deputados dos partidos da oposição, chegando mesmo a quase bajular a sabedoria e cultura democrática dos que antes criticava ferozmente. Tal será o desnorte e a falta de soluções que grassa nas reuniões do conselho de ministros, que ao que parece frequentemente descambam em acesas discussões.
Paralelamente a esta situação de instabilidade politica no seio do governo e da coligação, vão-se ouvindo umas atoardas vindas daquele impoluto presidente do Eurogrupo.
Noticia sobre declarações do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem
Agora em clara oposição ao discurso anterior da UE e ao discurso atual e anterior do governo português, veio dizer que Portugal poderá pedir um prolongar do ajustamento. Socorrer-me-ei aqui de novo Churchill para demonstrar a forma de atacar o problema por parte da UE. Churchill, numa das suas alocuções dizia perante o tardar da decisão norte americana em entrar na II guerra mundial: “Os americanos vão ajudar-nos nesta guerra por uma simples razão, é a de que sempre fazem a coisa certa. Mas fazem-na apenas depois de ter experimentado todas as outras hipóteses”, tal situação compara com as posições do Eurogrupo e dos credores da Troika, admitem sempre fazer a coisa certa mas apenas depois de terem levado à desgraça os países sobre ajustamento, por lhes terem imposto medidas desnorteadas e sem nenhum resultado positivo.
Onde ficará agora a frase forte do primeiro-ministro e do seu lacaio Gaspar? A tal frase:” nem mais tempo nem mais dinheiro”. Pois é que agora ficam com a batata quente nas mãos ou admitem o falhanço inicial, aliás por demais visível, aceitando a proposta e desmentem assim toda a sua anterior retorica, dando com isso razão à oposição. A outra hipótese é manter a estupida posição e não aceitar esta abertura continuando a sujeitar o país a uma austeridade tola e sem sentido levando-nos ao mesmo resultado só que mais tarde e sacrificando os portugueses de forma criminosa.
Que ninguém tenha dúvidas, sem medidas drásticas de renegociação do memorando para condições possíveis de levar à prática, estaremos condenados a segundo resgate e a um subsequente perdão de parte da dívida. Seremos assim o que sempre fomos iguais à Grécia, só que um povo ainda mais pobre e menos reivindicativo.
CONTINUAMOS A BATER NA MESMA TECLA, A INSTABILIDADE POLÍTICA É GRITANTE NO SEIO DA COLIGAÇÃO QUE NOS GOVERNA, AS POLÍTICAS DO GOVERNO APENAS TÊM AGRAVADO A JÁ PÉSSIMA SITUAÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS, TORNANDO ASSIM INJUSTIFICÁVEIS OS SACRIFICIOS A QUE OS PORTUGUESES ESTÃO SUJEITOS.
O EUROGRUPO ADMITE A POSSIBILIDADE DE MODERAR A AUSTERIDADE E A NECESSIDADE DE PROMOVER O CRESCIMENTO, EM OPOSIÇÃO AO QUE SEMPRE DISSE ESTE INCOMPETENTE E GENOCIDA-SOCIAL GOVERNO.
ORA SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA, ESTAS NÃO SERIAM JUSTIFICADAS RAZÕES PARA DEMITIR ESTE GOVERNO DISSOLVENDO A JÁ NÃO REPRESENTATIVA, DA VONTADE POPULAR, ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA? QUANTO A NÓS CLARAMENTE AS ATRÁS CITADAS CONDIÇÕES OBRIGARIAM UM CONSCIENTE PRESIDENTE A FAZÊ-LO.

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Diário

Cavaco Silva e a sua hipocrisia.

Hoje fiquei estarrecido ao ler o que Cavaco Silva disse no Peru, foi tão só isto : “não há democracia sem justiça social”. Ele não é o Presidente da República de Portugal?
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Para usar um português típico do meio rural onde cresci, vou dizer que ele existe cada marmelo, ele há gente que diz cada disparate, que já não entendemos nada de nada. Ora digam-me cá, Cavaco Silva não é o presidente de Portugal? Eu achava que sim, embora não goste nada do facto, mas é a vida tenho de o aturar.
O que não tenho de aturar é o facto do rapaz de Boliqueime não perceber que a constituição o obriga a respeitar a democracia e que ele jurou cumprir e fazer cumprir a constituição. Pois se como muito bem disse, deve ter lido em algum sítio pois não cremos que tenha percebido isso sozinho, sem justiça social não há democracia, porque cargas de água ainda não dissolveu a assembleia da república? Saberá definir justiça social ou faltar-lhe-á coragem para atuar?
Concordo integralmente que sem justiça social não há democracia. Mas não vivemos em Portugal um momento de absoluta falta de justiça social? Porque está então tão calado cá e fala no Peru? Quererá marcar a diferença de Portugal com o Peru? Se for isso além de ser deselegante por lá, está a mentir, pois cá também muita gente já passa fome e vive sem o mínimo indispensável, enquanto outros recebem 3.000.000€ por anos de prémios (MEXIA na EDP).
A desigualdade de rendimentos é geradora de conflitos sociais e de injustiça social, como tal isso é o que temos por cá já há bastante tempo. Não somos por isso uma democracia em Portugal e tal situação foi alcançada debaixo dos mandatos deste presidente da república. O que terá estado a fazer nas longas jornadas de trabalho em Belém, segundo o próprio, para não ter percebido o que se passa? Bem sei que o avançar na idade traz algumas consequências a nível intelectual, mas ainda sabe dizer uma verdade insofismável: “ NÃO HÁ DEMOCRACIA SEM JUSTIÇA SOCIAL”. Pois se ainda não deu conta que esta é a situação portuguesa, FALTA DE JUSTIÇA SOCIAL, está na hora de trocar de assessores, pois está mal informado, de fazer uma consulta ao psiquiatra para avaliar as faculdades cognitivas ou melhor ainda demitir-se por se achar incapaz de perceber o que se passa no seu país.
O atentar à democracia, não configura um não regular funcionamento das instituições democráticas? Eu julgo que sim. Esta situação de não regular funcionamento das instituições democráticas, não o obriga a dissolver a assembleia da república? Também julgo que sim. Então porque não o faz o senhor presidente da república? Julgo que por mera covardia política ou para proteger os governantes do partido do seu coração.
Para concluir digo que este senhor presidente é uma nulidade em termos de necessárias atitudes. Quando fica calado muito tempo achamos que devia falar e chamar a atenção para certos factos, mas quando fala logo achamos que se estiver sempre calado é muito menos grave a situação pois ao menos não diz banalidades. Não porque a afirmação não esteja correta, está corretíssima, mas se não entendêssemos que ele sabe isso ainda o poderíamos desculpar, assim não podemos.
É GRITANTE A INJUSTIÇA SOCIAL EM PORTUGAL, FAÇA ENTÃO ALGUMA COISA PARA REPOR A ORDEM DEMOCRÁTICA SENHOR PRESIDENTE.
DISSOLVA A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA E DÊ AO POVO A SUA SUPREMA MANIFESTAÇÃO DE LIBERDADE DEMOCRÁTICA, O ESCOLHER QUEM O GOVERNA.

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