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A culpa da banca e da alta finança na nossa situação.

Hoje Marques Mendes dá-me alguma tranquilidade, pois até aqui parecia-me que eu estava a ficar maluco e alucinado, por ser dos poucos que há mais de dez anos vêm dizendo que a banca e a alta finança levariam a Europa e sobretudo Portugal para a desgraça. Até pareço o Cavaco a informar que já tinha avisado.

Vejamos que hoje este senhor, umas vezes isento comentador, outras militante do PSD, outras ainda adivinho ou aprendiz de feiticeiro, veio dizer que a culpa de muito do que acontece em Portugal é dos banqueiros que temos. A verdade é que eu não podia estar mais de acordo com o homem.
Marques Mendes in o Sol
Eu desde o princípio deste seculo que venho chamando a atenção para os produtos virtuais e para a forma de gerir o mercado financeiro que a europa tem vindo a praticar, mesmo todo o mundo globalizado da banca e da finança, tirando umas quantas poucas honrosas exceções vindas de uns desalinhados países, sempre muito mal rotuladas pela atual máfia dos mercados financeiros. Essa entidade poderosa sem rosto e sem legitimação popular, mas que controla inapelavelmente os destinos dos povos, com o beneplácito dos poderes legítimos.
Por isso tenho de concordar com esta estranha e rara abordagem da coisa por parte deste senhor, confesso-me mesmo muito surpreendido com ela. Curioso que ontem tinha sido assunto de debate entre mim e dois amigos do facebook este tema da gestão criminosa da banca e as consequências disso para os povos europeus.
Vou deixar um vídeo do youtube com um trecho de uma sessão no parlamento europeu onde um deputado inglês fala sobre esse assunto e o que mudará com a aplicação das taxas sobre transações financeiras, diz ele e eu concordo, nada mudará enquanto não se alterarem as políticas criminosas impostas pelo poder da banca e alta finança mundiais.
Uma coisa estas políticas fazem, é cada dia trazer mais gente para o nosso lado da barricada, como até este insuspeito de esquerdista Marques Mendes. Pois sejam bem-vindos os que vierem por bem, ou seja os que vierem sem segundas intenções.
Digo-o também já há algum tempo, se queremos mudar alguma coisa de imediato, temos de nacionalizar a banca temporariamente. Claro que assegurando os direitos legais dos acionistas e depositantes. Mas só essa medida impedirá o continuar da desgraça até à debacle final.
PERGUNTO EM BUSCA DE RESPOSTAS INTELIGENTES, O QUE MUDARIA PARA A MAIORIA DOS CIDADÃOS DESTE PAÍS SE FOSSE NACIONALIZADA A BANCA?
JULGO QUE NADA, SE AS CONDIÇÕES DE MOVIMENTAÇÃO POR PARTE DOS CLIENTES FOSSE MANTIDA.
18-05-2013
Dinis Jesus

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Todos podem errar, como tal é aceitável. Já defender ou persistir no erro é absoluta estupidez.

Gaspar e outros teimosos seguem alguns estudos e princípios económicos como se de catequização se tratasse. Deveriam saber que habitualmente o espirito de cruzada traz maus resultados.
Hoje ao ler uma notícia do Económico onde se transcreviam trechos de uma entrevista ao Thomas Herndon, doutorando que detetou o erro da folha Excel, essa dos tais ilustres das econometrias a que Gaspar segue e de quem é fiel discípulo, uns tais de Reinhart e Rogoff, apeteceu-me dissertar acerca do espirito das cruzadas.
Esta gente que defende a austeridade, que defende o empobrecimento, que sacrifica o povo de países inteiros, que revê filosofias económicas que causaram avanços civilizacionais, mas que com tais revisões apenas piora a qualidade de vida da maior parte dos cidadãos, não pode ter outra motivação que não seja ideológica.
Se até entendo que na idade média e com um grau de conhecimento reduzido, com um nível cultural muito baixo, até mesmo entre as classes mais abastadas, a ideologia religiosa motivasse a conquista de territórios a coberto da cristianização, embora muita da génese das cruzadas já fosse económica, com o tentar acumular riqueza e benesses dos seus monarcas ou mesmo papais, pelos nobres cavaleiros cruzados.
Já na atual sociedade ocidental, com o grau de conhecimento acumulado e com o atual nível cultural de absoluta excelência, tenho muita dificuldade em entender a aplicação de medidas com tal atitude e barbárie que só o espirito de cruzada poderá justificar.
Vou usar uma ideia de Albert Einstein para dizer o seguinte: “ repetir sistematicamente uma experiência, mantendo os mesmos métodos e pressupostos, esperando de cada vez um resultado diferente, é absoluta estupidez”
Citá-lo-ei também para expressar uma ideia que me é, muito mas muito, querida e constante quando penso sobre o dia-a-dia: “ Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.”
O que teremos de fazer para explicar a Gaspar e a uns quantos políticos europeus e de outras partes do globo, para que entendam que estão a experimentar um modelo económico em vários países periféricos que vai conduzir todos ao mesmo resultado, a pobreza por via da desmedida austeridade.
Concluo dizendo que o espirito de cruzada é um funcionamento deveras perigoso e que normalmente não leva a bons resultados, tal como poderemos inferir da análise das experiencias anteriores. Digo-o porque esta austeridade e a forma intransigente na sua aplicação, sem dar hipótese de apresentação de provas a outras teorias, soa a clara cruzada ideológica com a ideia original que só empobrecendo se pode equilibrar as contas. Até agora a lista de resultados conhecidos não favorece em nada a teoria que subjaz a esta cruzada.
TAL COMO DEMOS CONTA QUE O ECUMENISMO É MUITO MELHOR QUE A RELIGIÃO ÚNICA, ATÉ PELA IMPOSSIBILIDADE DA TOTAL ACEITAÇÃO DE UMA QUALQUER FILOSOFIA RELIGIOSA. TAMBÉM DAREMOS CONTA QUE NENHUMA TEORIA ECONÓMICA SERÁ A PANACEIA PARA TODOS OS MALES.
QUANDO DARÃO CONTA DISSO OS FERVEROSOS ADEPTOS DA AUSTERIDADE? SÓ NESSA ALTURA PERCEBERÃO QUE CADA CASO É UM CASO E QUE NÃO HÁ SOLUÇÕES COMUNS.
17-05-2013
Dinis Jesus

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As atoardas de alguns patetas e o tiro certeiro de hoje.

Dia de poucas novidades e muito condicionado jornalisticamente à derrota do meu Benfica, tive de dar uma leitura enviesada em várias notícias e vários temas. Pois cá vai o que subtraí dessas leituras.
Tema 1º
Começo por um senhor a quem sistematicamente me dá vontade de chamar atrasado mental ou arrogante animal, refiro-me a Soares dos Santos. Este ilustre multimilionário, que raramente diz coisa com coisa, será a senilidade própria da idade talvez, ou presunção fascista de quem tem um desmesurado poder económico. Atribuir-lhe-ei assim o titulo de pateta-mor com direito à foto de hoje.
Notícia no Dinheiro digital.
Disse hoje este ilustre dos milhões, pois não será ilustre de outra qualquer sabedoria, que antes de se pagar a divida não pode haver crescimento. Pois bem, se não crescer-mos nunca pagaremos a tal divida, digo-lho eu a ele e tendo a absoluta certeza que estou muito mais próximo da verdade do que ele.
Ao certo não percebi a que dívida se refere o tal de milionário, mas imagino que se referia à divida pública. Enquanto o estado for arrecadando menos receita e o povo for consumindo menos, mesmo nos supermercados dele, cada dia estaremos mais longe de ser capazes de pagar a dívida. Diz depois num arrufo fascistoide que a capacidade industrial foi destruída em 1974. Só uma mente condicionada pode achar que foi um período pós revolucionário de dois ou três anos que destruiu a indústria e não veja que todos os industriais da altura moveram os seus negócios para a especulação financeira ou para a distribuição ou comercio, ou ainda pior para a área do imobiliário. É burro e apatetado este senhor e ainda não deu conta.
Julgará que a máxima de Churchill, sobre a piada dos ricos se aplica também à sabedoria, desengane-se não se aplica.
Dizia Churchill sobre piadas de ricos: “ a piada do homem rico tem sempre graça”. Mas nunca ninguém disse que os ricos dizem sempre coisas acertadas, este em causa, dir-se-ia mesmo que raramente diz alguma coisa acertada.
Tema 2º
Demos agora uma bicada em Paulo Portas. Este senhor ministro mais uma vez veio tentar justificar o não justificável. Disse o homem que é politicamente incompatível com a TSU dos pensionistas. Li tal afirmação na notícia do Expresso.
Este rapaz que até é um tipo inteligente, acha que a dialética tudo resolve e que com papas e bolos se enganam os tolos. Pois fique sabendo que alguns dão conta dos seu rabiar por entre as gotas da chuva, que é como quem diz fugir às medidas mais impopulares em termos políticos, mas na defesa da manutenção desta incompetentíssima governação e como tal do seu efémero poder de ocasião. Mas a verdade única é que a medida lá consta no relatório da sétima avaliação, dizem que como opcional. Mas pergunto eu, não é esse genericamente o carater de todas as medidas e não têm como finalidade última o combater o deficit e reduzir os consumos do estado? Se não houver a mínima hipótese de a usar, para que ficou lá ela escarrapachada no escrito da Troika? Será talvez para ser opção utilizável caso as derrapagens orçamentais venham a ser as do costume. Veremos o quanto mente esta gente que hoje nos governa quando a altura disso chegar.
Tema 3º
Agora vamos ao contestado Mário Soares, pessoa a quem já começa a faltar a capacidade física e até de outras naturezas para abordar os temas com a energia que a atual situação do país obrigaria a alguém com o prestígio político do Dr. Mário Soares, ainda assim é hoje o único que disse alguma coisa com sentido, destes três senhores que disseram umas palavras expostas na imprensa.
Leia-se no Sol
Acusa Paulo Portas de encontrar em palavras numa manobra de dialética, justificação para o sapo que teve de engolir ao admitir a inscrição da tal medida que tanto contestou e estabeleceu como fronteira a não ultrapassar, no tal relatório final da sétima avaliação. Seja lá com que adjetivação lá esteja colocada e em que condição poderá ser usada, a única coisa certa é que a tal medida vai escrita como utilizável no tal documento.
Diz com clareza que a medida vai escrita no relatório e que Paulo Portas que tanto esticou a corda, não retira consequências disso e se cala como cachorrinho que coloca a caudita entre as pernas e fica caladinho para que se esqueçam dele. Diz que o homem devia abandonar o governo, diz mesmo que ele quererá sair, mas que não o deixam. Imagino que se referirá a Cavaco Silva, essa enfermidade do poder constitucional.
Certo é que se vão aguentando pela governação e que nós os temos aguentado sem grandes barafundas, estamos quase todos descontentes, mas não temos capacidade de destronar este bando de energúmenos.
RARA E TRISTE CONDIÇÃO A DOS PORTUGUESES DE HOJE EM DIA, SABEM QUE ESTAMOS A SER MAL GOVERNADOS, MAIORITÁRIAMENTE NÃO QUEREM ESTE GOVERNO, MAS PORQUE TEMOS UM PRESIDENTE, CEGO, SURDO, MUDO, CAQUÉTICO E AUTISTA ALÉM DE TENDENCIOSO E ESTUPIDAMENTE TEIMOSO E AVISADOR DO FUTURO, TUDO ISTO E NÃO PODEM FAZER NADA. ” MISERA SORTE, ESTRANHA CONDIÇÃO”
CONTENTAR-SE-Á O PRESIDENTE MÚMIA COM A AUTO-MASSAGEM AO EGO, ESSA DE PODER ABANAR MAIS TARDE COM O ACERTO DO QUE ANTES PREVIU? DEVERIA POIS LER O DALAI LAMA QUANDO ESTE DIZ:
“SÓ EXISTEM DOIS DIAS NO ANO QUE NADA PODE SER FEITO. UM SE CHAMA ONTEM E O OUTRO SE CHAMA AMANHÃ, PORTANTO HOJE É O DIA CERTO PARA AMAR, ACREDITAR, FAZER E PRINCIPALMENTE VIVER.”
POIS O QUE TODOS OS PORTUGUESES QUERIAM DELE, ERA QUE AGORA FIZESSE ALGUMA COISA DE ÚTIL, TALVEZ DISSOLVER O PARLAMENTO PARA CORRER DE VEZ COM ESTA INCOMPETENTE E DESGRAÇANTE GOVERNAÇÃO.

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Como a tristeza é forte quando nos invade, ainda que seja por emocional razão.

Hoje mais uma vez o meu Benfica perdeu na praia, sempre nos descontos temos de levar um golo que nos torna infelizes.

Por toda a tristeza das derrotas do meu clube, também pela assustadora situação financeira e económica do nosso país, ao que devemos juntar a falta de competência daqueles que nos governam e até a patetice de um tal Cavaco, presidente da república e a religiosidade da sua Maria, vou deixar um poema de Teixeira de Pascoaes que define claramente o meu estado de alma hoje.

NAS TREVAS
Como estou só no mundo! Como tudo
É lagrima e silencio!

Ó tristêsa das Cousas, quando é noite
Na terra e em nosso espirito!… Tristêsa
Que se anuncia em vultos de arvoredos,
Em rochas diluidas na penumbra
E soluços de vento perpassando
Na tenebrosa lividez do céu…

Ó tristêsa das Cousas! Noite morta!
Pavor! Desolação! Escura noite!
Phantastica Paisagem,
Desde o soturno espaço á fria terra
Toda vestida em sombra de amargura!

Êrma noite fechada! Nem um leve
Riso vago de estrela se adivinha…
Sómente as grossas lagrimas da chuva
Escorrem pela face do Silencio…

Piedade, noite negra! Não me beijes
Com esses labios mortos de Phantasma!

Ó Sol, vem alumiar a minha dôr
Que, perdida na sombra, se dilata
E mais profundamente se enraiza
Nesta carne a sangrar que é a minha alma!

Ilumina-te, ó Noite! Ó Vento, cála-te!
Negras nuvens do sul, limpae os olhos,
Desanuviae a bronzea face morta!

Oh, mas que noite amarga, toda cheia
Do teu Phantasma angelico e divino;
Espirito que, um dia, em minha irmã,
Tomou corpo infantil, figura de Anjo…
E para que, meu Deus? Para partir,
Com seis annos apenas, no primeiro
Riso da vida, em lagrimas, levando
Toda a luz de esperança que floria
Este êrmo, este remoto em que divago…

Como estou só no mundo! Como é triste
A solidão que faz a tua Ausencia,
E o terrivel e tragico silencio
Da tua alegre Voz emudecida!

Ó noite, ó noite triste! Ó minha alma!
Tu, que o viste e beijaste tantas vezes,
Tu, que sentiste bem o que ele tinha
De angelica Creança sobrehumana,
Não vês as proprias cousas como soffrem,
E como as grandes arvores agitam
As ramagens de lagrimas e sombras?

Repára bem na lugubre tristêsa
Da nossa velha casa abandonada
Da divina Presença da Creança!

Ah, como as portas gemem e o beiraes
Têm soluços de vento…

Lá fóra, no terreiro onde brincavas,
A noite escura chora…

Ó minha alma,
Embebe-te na dôr das Cousas êrmas;
Chora tambem, consome-te, soluça,
Junto á Mãe dolorosa, de joelhos…

Teixeira de Pascoaes, in ‘Elegias’

PARECE QUE NADA NOS CORRE BEM ULTIMAMENTE, AOS PORTUGUESES, EM GERAL, PELA INCOMPETÊNCIA DOS QUE NOS GOVERNAM.
AOS BENFIQUISTAS, EM PARTICULAR, PELA MALDIÇÃO DOS DESCONTOS.
A MIM, PELA CASCATA DE DESGRAÇAS DE QUE TEIMO EM NÃO ME LIBERTAR.

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Mais uma gralha na comunicação. Estes governantes dominarão com razoabilidade a língua portuguesa?

Como vem sendo hábito, pessoas deste governo dizem coisas que logo alguém do mesmo governo trata de dizer de outra forma. Será que todos os governantes sabem falar português?
Transcreverei de seguida o que disse hoje o secretário de estado da administração pública no final da reunião com os sindicatos.
Cá vai: “Não assumiria isso como uma crítica, assumiria como uma realidade objetiva”
Instado pelos jornalistas perante as críticas dos sindicatos que acusam o governo do regime de mobilidade especial se aproximar de um processo de despedimento.
Pois bem, como uma frase destas, atirada para cima da inacabada discussão sobre a taxa de sustentabilidade das pensões, na qual o Professor Cavaco até deu hoje uma bicada, juntando até temas da metafisica abordados pela sua Maria. Linda vai a nossa política entregue a este bando de patetas.
Mas eis que achando coisas de pouca monta, as diferenças discursivas existentes até à data de hoje, vem alguém do ministério atirar mais poeira para os olhos do pobre cidadão comum. Desmentem que seja o despedimento o fito final destas estudadas e apuradas medidas. Dizem que o tal de Rosalino nunca afirmou, de forma implícita ou explícita, que o resultado final seja a existência de despedimentos.
Esta gente não conserta os discursos e diz coisas díspares mas quer à viva força fazer-nos acreditar que aquilo que ouvimos não é o que ouvimos. Pois são além de mentirosos, uns trapaceiros refinados e que querem fazer de nós tontos que não sabemos entender o que ouvimos, mas que se nos explicarem lentamente e naquele tom Gaspariano de falar, talvez entendamos. Não sei se isto é apenas saloiada ou se mais perigosamente é um paternalismo com cheiro a fascismo encapuçado.
São estúpidos, incompetentes, incapazes de pensar essencialmente no bem comum, gerem uma perigosa agenda ideológica e quando deixarem o governo, deixam o país com uma economia completamente destroçada, para usar a expressão de Manuela Ferreira Leite.
PARA REMATAR A COISA TEMOS UM CAVACO ATRAVESSADO EM BELÉM A FALAR DA SRª DE FÁTIMA. NÃO SEI SE TERÁ PEDIDO ALGUM MILAGRE, SE PEDIU DEVERIA SER O SEGUINTE:
<< SRª AJUDAI ESTE POBRE POVO A LIVRAR-SE DO MAL, O MAL É AGORA O GOVERNO PSD/CDS E TAMBÉM ESTE POBRE CRENTE QUE TE FALA E QUE É APENAS UM INSIGNIFICANTE PRESIDENTE DA REPÚBLICA.>>

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Passos, Gaspar, a Troika, o incómodo Paulo Portas e mais o seu CDS.

Hoje tivemos a aprovação da 7ª avaliação da Troika, com um discurso de Gaspar que não bate certo com o do Almeida do CDS.
Assim, disse o ministro das finanças que a medida que visa garantir a sustentabilidade das pensões continua no documento apresentado ao Eurogrupo, mas que vai tentar-se encontrar uma alternativa à sua reformulação ou até integral substituição, portanto tudo hipóteses apenas. Ver declarações de Vitor Gaspar in SIC noticias
Já João Almeida, dizia que esta medida nunca será aplicada por compromisso do conselho de ministros, Ouvir aqui declarações de João Almeida na TSF.
Esta gente causa um ruido de tão grande tamanho que ninguém, ainda que com razoável capacidade de compreensão, pode ter percebido muito bem se a medida vai ter efeitos ou não. Bom, uma das vontades do governo ao inscrever a medida na carta para a Troika era ver aprovada a 7ª avaliação, esse objetivo já alcançou. Resta saber se está a enganar a Troika ou aos portugueses, principalmente os pensionistas.
A nós tudo isto só pode soar a baralhada e a confusão, mesmo ao conhecido “ ninguém se entende” habitual nos portugueses. Será que os credores não se dão conta destas notícias? Será que isto não abalará a sua confiança no nosso país? Se as folgas consideradas não forem suficientes, ou se as medidas não puderem ser aplicadas, vão ou não usar a taxa? Certamente sim, a Troika não daria outra hipótese.
De confusão em confusão, de discurso contraditório em discurso contraditório, lá vamos assistindo a episódios que seriam para rir não fosse a situação muito séria. Esta gentinha que nos governa é incompetente, mas pior que isso, podiam ao menos chegar a acordo nos discursos. Não bate um discurso certo, seja Passos com Portas, seja Gaspar com Almeida, sejam os deputados do PSD com os do CDS, ninguém se entende. Bonito espetáculo este, que daria uma bela rábula teatral mas que dá uma péssima imagem da capacidade governativa de um país.
Que SWAPS inventarão no seio do governo para disfarçar agora esta nova divergência? Sim, porque parece que a estratégia comunicacional deste governo é agora a do desvio das atenções.
ESTE GOVERNO SÓ SE MANTEM VIVO PORQUE CLARAMENTE SE ESQUECEU DE MORRER.BEM SABEMOS QUE CAVACO CONTINUA A MASSAJAR O PEITO E A FAZER RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA A ESTE ELENCO GOVERNATIVO, QUE SE NUMA SEMANA PERDE BOCADOS COMO SOFREDOR DE LEPRA, NOUTRA SEMANA NÃO CONTROLA A CAPACIDADE LINGUISTICA E NÃO
DIZ COISA COM COISA.
POBRE POVO ESTE, QUE TAMBÉM NÃO ESTÁ ISENTO DE CULPAS, POIS FOI QUEM ELEGEU GENTE TÃO FRAQUINHA PARA O GOVERNAR.

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Ora saia-se lá mais um conselho de ministros por causa da sétima avaliação.

Parece brincadeira o que esta gentinha anda a fazer ao pessoal deste retângulo à beira mar plantado. Esta palhaçada que este governo faz é tudo menos governar.
Hoje soubemos que Paulo Portas lá aceitou como medida de terceira linha a taxa de sustentabilidade sobre os pensionistas a somar às outras duas medidas de penalização sobre os mesmos pensionistas. Pois se era para no terceiro assalto ir ao tapete, teria sido bem melhor que tivessem deixado passar as medidas sem ondas e sem os avanços e recuos das declarações ao país de Passos e Portas, ambas apenas para atirar poeira para os olhos do Zé Povinho.
Ver notícia
Esta gente é incompetente e a somar à incompetência são falsos e sub-reptícios na ardilosa forma de agir. Mentem com quantos dentes têm na boca, abusam da paciência do povo e não tomam uma única medida que melhore a condição de vida dos seus governados.
O que andará a fazer a múmia Cavaco para não tomar medidas? Ele ainda conseguirá perceber o que se passa ou a demência já o impede de perceber a realidade? O que poderemos nós fazer para acabar com esta palhaçada?
Creio que este foi o terceiro conselho de ministros que se realizou para se concluir quais as medidas necessárias para a conclusão da sétima avaliação da Troika. O que faltará a estes energúmenos governantes para perceberem que não percebem nada, mas nada, de governar seja lá o que for?
Vou deixar aqui uma canção de José Mário Branco que fala de inquietação e que eu acho que estes governantes usam como método orientador.
Inquietação
Será que esta forma de estar revela estabilidade governativa? Será que passa para os credores a tal credibilidade que tanto se apregoa? Será que esta gente é capaz de conduzir o país a melhores dias? A esta última pergunta tenho a certeza da resposta, é NÃO.
OU TOMAMOS RADICAIS MEDIDAS PARA CORRER COM ESTE BANDO DE INCOMPETENTES OU O PAÍS VAI CONTINUAR A REGREDIR CONTINUAMENTE ATÉ SERMOS EFETIVAMENTE MUITO POBRES.

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O aburguesamento da nossa sociedade e a falta de paciência para a tentar entender.

Hoje dia aziago para mim e para mais uns seis milhões de portugueses, tudo a somar à desgraça em que já vivemos por causas económicas, escreverei acerca da reação das pessoas à situação do país ou ao alheamento dela.
Estive hoje numa festa de anos típica da sociedade portuguesa ou mesmo típica de sociedades aburguesadas, não falo de forma crítica deste tipo de comemorações, até porque frequentemente eu faço parte delas. Ainda assim hoje apetece-me pensar neste assunto tentando perceber porque razão tanto criticamos o nosso modelo e nunca nos atribuímos culpas pela situação que temos.
Conclui da discussão com meia dúzia de pessoas cultas e inteligentes, que a maior parte procura culpar sempre outros das suas desgraças e fazem uma defesa quase corporativa dos seus interesses pessoais ou profissionais. Não percebendo eu se eles querem continuar a manter a situação e tentar intransigentemente manter o seu estilo de vida independentemente de quem é por ele cilindrado socialmente. Mas sei que se a condição de vida se alterar dramaticamente para eles, o seu discurso mudará também, para um lado ou para o outro da barricada conforme a sua ideologia seja mais tolerante ou mais culpabilizante e a quem atribuem a responsabilidade da desgraça.
As nossas sociedades estão acomodadas no nível aburguesado de consumo e pouco ou nada se preocupam em apurar a causa responsável da nossa situação económica e social. Encontram na responsabilização de uns quantos outros a tranquilidade mental para os problemas da humanidade e assim mantemos a triste condição social da maioria das populações.
Esquecem que sem debater violentamente a questão pouco ou nada poderemos avançar. Temos de discutir, por em equação e decidir o que fazer para tentar encontrar uma solução que dentro do sistema o consiga mudar. Percebi que enquanto a agrura não lhes bater à porta se recusam a tentar ver quem são os causadores da pobreza das gentes e que até os incomoda debater a questão por mais que uns minutos.
Não vale a pena idealizar sociedades utópicas e perfeitas, onde cada um produza o seu consumo, não vale a pena sonhar com um mundo onde se proteja o ambiente, não vale a pena achar que na redução individual dos consumos estará a solução e dizer de forma quase arrogante que “se todos fossem como eu nada disto aconteceria”. A solução poderá partir de um ideal pessoal ou de um grupo, mas terá de ser amplificada no sistema político internacional e aceite assim pelos partidos políticos que o compõem.
Como tal temos de dentro do sistema debater e votar em quem nos parece que apresentará uma solução que se aproxime do nosso ideal, sabendo que aqueles que para esta situação de míngua económica nos arrastaram, nunca poderão ser a solução. Esses são claramente os defensores, da iniciativa privada como única força atuante nas sociedades, do lucro como causa ultima de todas as atividades, do emagrecimento dos custos do estado e ainda os que defendem a liberalização total dos mercados de capitais.
Não podemos esquecer que o mundo ocidental é responsável pela maior parte do consumo mundial e apenas representa uma minoria da população do planeta. Se cada cidadão do mundo consumisse o que consome um cidadão europeu médio em quinze anos tornaríamos a terra desértica e estéril, totalmente inabitável para a humanidade. Somos assim os ocidentais os maiores causadores da desgraça do planeta e da pobreza no mundo.
Dois terços da população do mundo, vive hoje com menos que dois dólares por dia por pessoa, sabendo nós que se dividíssemos o PIB mundial por todos os habitantes do planeta teríamos um valor substancialmente maior para cada um diariamente. Sabemos também que o valor que chegaria a cada um, seria bem menor que aquele que hoje chega a cada ocidental se considerarmos a distribuição ocidental em termos médios, já que se for analisada pessoalmente encontraremos nela pessoas que vivem muito perto dos tais dois dólares por dia por pessoa. Esta distribuição da riqueza torna a vida de alguns indigna em termos humanos, agravando tal indignidade pelo facto de viverem portas meis com os mais ricos do mundo.
Para concluir o texto de hoje direi o seguinte, enquanto a maioria das pessoas não olhar a realidade e não a tentar mudar, achando que cada um por si não pode fazer nada e que o mundo fará o seu caminho independentemente do que cada um faça, a nossa triste e indecente condição não terá solução. Apregoou-se um determinado modelo e estilo de vida durante várias décadas e agora, porque uns quantos se apropriaram da maior parte da riqueza e porque uma grande parte dessa riqueza era virtual, quer-se condenar à pobreza os que estão em condição de maior fragilidade económica mas que não têm responsabilidade nenhuma na situação das economias. Estes últimos são claramente os assalariados, publicos ou privados, os idosos sejam ou não pensionistas e ainda os pequenos empresários.
SEI QUE NO CASO PORTUGUÊS, OS GANHOS CIVILIZACIONAIS MAIS SIGNIFICATIVOS E A MELHOR CONDIÇÃO DE VIDA DA POPULAÇÃO, FORAM ALCANÇADOS COM UMA CONSTITUIÇÃO REDIGIDA NO SEGUIMENTO DA REVOLUÇÃO DE ESQUERDA DE ABRIL DE 74, BEM COMO AS GOVERNAÇÕES POR ELA CONDICIONADAS.
HOJE TEMOS UM SISTEMA DISTRIBUTIVO MAIS CASTIGADOR E INDECENTE QUE ANTES DO 25 DE ABRIL DE 1974, TEMO-LO PORQUE CLARAMENTE SE RETIRARAM AO ESTADO AS FERRAMENTAS CAPAZES DE FOMENTAR A CRIAÇÃO DE RIQUEZA E REGULAR A SUA DISTRIBUIÇÃO.
SERÁ ASSIM TEMPO DE NOVA REVOLUÇÃO DE ESQUERDA?

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Combate ao governo, agora já na bancada parlamentar.

Hoje veio Carlos Abreu Amorim, até aqui um acérrimo defensor da governação, pedir a cabeça de Gaspar na tentativa de ainda salvar o que resta do incompetente governo.
Esta gente dentro e fora do governo já não se entende e já não falam com convicção acerca de coisa nenhuma, veja-se que o vice-líder da bancada parlamentar do PSD veio dizer que a época de Gaspar está finda. Contra a vontade do vice do PSD que veio de seguida lamentar as declarações do deputado.
Ler notícia do Expresso
O que será necessário para as pessoas com responsabilidades, sobretudo o presidente da república, perceberem que este governo não se entende dentro de si, não se entende com os deputados das bancadas que o suportam, não falam todos da mesma forma na bancada parlamentar e nem dentro do PSD. Se isto não é instabilidade então o que é?
Gaspar, capitão e ponta de lança da equipa governativa, já não reúne o apoio de parte significativa da maioria que suporta o governo, como a sua estratégia é o único rumo conhecido deste governo, não se vislumbra que uma demissão sua resolva o problema. Assim se parte da bancada do PSD começa a achar que é tempo dele sair, parece-nos que será tempo de sair todo o governo.
Este governo não dá uma para a caixa, é disparate em cima de disparate, e agora começa a extravasar o desnorte e a falta de coordenação dentro dos partidos da coligação que compõem o governo, extravasa também a não concertação de estratégias do governo com as bancadas parlamentares desses dois partidos, pois ainda na quarta-feira esteve o primeiro-ministro reunido com ambas as bancadas e hoje vem o vice de uma delas dizer estas coisas.
A menos que tenham acertado isso na tal reunião. Parece que agora esta é também uma prática deste governo, a desinformação para baralhar os cidadãos e assim nunca ninguém saber muito bem qual a estratégia nem as medidas que vão efetivamente tomar.
DE UMA COISA TEMOS A CERTEZA, SE O GURU DESTA GOVERNAÇÃO JÁ NÃO SERVE PARA UMA PARTE DOS SEUS APOIANTES PARLAMENTARES, QUE ASSIM DIZEM QUE ESTA GOVERNAÇÃO NÃO SERVE OS INTERESSES DO PAÍS. SENDO O PRIMEIRO-MINISTRO UM INDEFÉCTIVEL APOIANTE DAS MEDIDAS AUSTERITÁRIAS DE GASPAR, DEVERÁ SAIR TAMBÉM O CHEFE DO GOVERNO E DEVERÁ LEVAR TODOS OS MINISTROS ATRÁS.
SÃO INCOMPETENTES, NÃO SE ENTENDEM NO GOVERNO, NÃO SE ENTENDEM NAS BANCADAS PARLAMENTARES, NÃO TRAZEM ESPERANÇA AOS PORTIUGUESES, PIORARAM TODOS OS INDICADORES. POIS PRESTEM UM BOM SERVIÇO AO PAÍS, DEMITAM-SE POR FAVOR.

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O desemprego e o direito a trabalhar.

Hoje depois do INE nos dizer que o desemprego continua a subir de trimestre para trimestre, lembrei-me de dar uma vista de olhos na declaração universal dos direitos do homem para ver o que dizem as nações unidas acerca do assunto.

Pasme-se, mas tal como eu antevia o desemprego ou o não acesso ao trabalho, bem como algumas regras impostas pela austeridade violam flagrantemente o tal documento sobretudo nos seus artigos nº 23; 24;25 e 26.
Deixo aqui ligação para a Declaração Universal dos direitos do Homem
Assim sendo, vivemos em países que tendo assinado a declaração em 1948, já se esqueceram que têm a obrigação de a aplicar e usar todos os mecanismos para que seja respeitada.
Creio que toda a economia teria como desiderato único o servir bem o Homem e tentar melhorar a cada dia as suas condições de vida. Mas a que temos nós assistido nas ultimas décadas? Exatamente ao contrário do que deveria ser, temos colocado o Homem ao serviço da economia, subvertendo assim o mais elementar dos princípios da vivência em sociedade.
Que se passe fome em tempo de míngua por catástrofes naturais ou por causa de guerras, pode até entender-se, mas que para corrigir uns quantos símbolos numéricos e para que certas contas se apresentem de soma nula, sacrificamos, condenamos à pobreza e à fome um numero imenso se cidadãos quando tal de todo não era necessário.
Então porque será que tal coisa nos está a acontecer? Em termos simples direi uma coisa que parecendo quase ingénua, mais que tudo é uma questão matemática. Para fazer um só multimilionário é necessário fazer milhões de pobres. Pois bem, esta é a razão da enorme pobreza que vai alastrando no mundo. A especulação, a criação virtual de riqueza, a concentração de quantidades massivas de dinheiro na posse de muito poucos cidadãos do mundo e a incessante busca do lucro por parte dos grandes grupos económicos mundiais.
Vou dar um caso prático da nossa economia, hoje mesmo a EDP, apresentou os seus lucros do 1º trimestre de 2013, espantosamente em tempo de crise foram bem acima do esperado e 50% acima dos do ano passado (media trimestral). Estimarei assim sem grande margem de erro que a EDP terá de lucros em 2013 algo a rondar os 1.500 M€, uma boa parte disso são rendas garantidas pagas pelo nosso estado ou seja todos os portugueses. Para piorar a coisa, hoje os acionistas são maioritariamente estrangeiros, como tal quando distribuírem os dividendos, lá se vai o dinheirito dos nossos contribuintes para a China e outros que tais.
Em 1948, altura da assinatura da declaração universal dos direitos do homem, os políticos e a humanidade em si eram muito mais atentos às necessidades da pessoa humana que a acertos das contas, tendo até os EUA financiado a recuperação da Europa do pós-guerra com o plano Marshall, para que houvesse um certo equilíbrio no desenvolvimento e melhores condições de vida que evitassem nova guerra e proporcionassem mais direitos aos cidadãos europeus.
De que se terão esquecido, hoje em dia, os nossos estúpidos governantes europeus, para abandonarem desta forma criminosa as políticas de solidariedade e passarem a só ver numerais diante dos olhos. Sacrificam toda a humanidade ao acerto das contas, que depois acabam por se desacertar sozinhas pela ineficácia do sistema financeiro. O que lhes custará a perceber que a riqueza de uns é feita em cima do empobrecer dos outros? Bastaria ver como os políticos do pós-guerra trouxeram a prosperidade à europa e seus povos. Se não sabem fazer melhor e inovar, ao menos copiem o que outros mais honestos intelectualmente fizeram. Nem se pede para isso grande inteligência, coisa que de todo já se viu que não têm.
ESTES ATUAIS POLÍTICOS EUROPEUS SÃO GENTE SEM PERCEÇÃO DA REALIDADE E COMO FORAM CRIADOS FORA DA AGRURA QUE LEVOU À II GUERRA MUNDIAL, TEIMAM EM NÃO ENTENDER QUE GENTE INSATISFEITA TENDE A GUERREAR-SE.
A UNIÃO EUROPEIA FOI CRIADA PARA EVITAR A GUERRA NA EUROPA, POIS SE NÃO MUDA DE CAMINHO ECONÓMICO, SERÁ AGORA A RAZÃO DAS PROXIMAS GUERRAS DENTRO DAS FRONTEIRAS DOS SEUS ESTADOS.

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