Diário

O Benfica e o esquecer momentâneo da crise.

Hoje ainda que de uma forma séria de olhar para o país, aligeiro a desgraça trazendo um pouco de leviandade comportamental e até de fútil alegria, tudo baseado apenas na vitória do Benfica.
Digo por brincadeira que o Benfica deveria ser campeão por decreto no mínimo de três em três anos, para assim o povo português aliviar da pressão constante em que vive desde que me reconheço como pessoa.
Podem não ser os tais seis milhões de adeptos de que falava o João Vieira Pinto, mas que somos muitos disso não haverá duvida. Assim pode ver-se hoje como a moral e a autoestima de um país pode melhorar, mesmo que toda a restante envolvente económico ou social se não tenha alterado em nada. Claro que alguns mais eruditos e com arrebiques de doutores, dirão que o futebol é o ópio do povo e que só revela a fragilidade cultural de uma nação. Revelará, mas porque tem gente que por não gostar de uma determinada coisa a rebaixa retirando-lhe valor. O futebol e a religião são os únicos dois movimentos sociais absolutamente transversais a todas as classes, como tal não poderão nunca ser minimizados por um grupo de puristas da erudição, pensem eles o que pensarem.
Assim hoje um grande Benfica deu alguma alegria a um grupo muito alargado de pessoas neste paupérrimo e taciturno país. Não fora a desmesurada guerra clubista e todos os portugueses se deveriam sentir felizes por ao menos num setor da atividade económica, com escala mundial, podermos competir com os melhores do mundo.
Não é uma vitória final, mas é um degrau bem grande que foi ultrapassado e que coloca os clubes portugueses e o nome de Portugal noutros campos que não os da divida e dos incumprimentos de metas acordadas bem como a conversa sai da área da austeridade.
Podia falar de mais um conselho de ministros que dará novidades só amanhã, parece uma telenovela e a necessidade de manter o suspense. Já dá vontade de rir.
ESPERO QUE O BENFICA GANHE A FINAL AO CHELSEA PARA ASSIM DAR MAIS UMA ALEGRIA A ALGUNS MILHÕES DE PORTUGUESES.
GOSTARIA TAMBEM QUE O GOVERNO NOS DESSE UMA ALEGRIA, PELO MENOS AOS 68% QUE QUEREM QUE SE VÁ EMBORA, DEMITINDO-SE.

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