Hoje, tardiamente, o ministro Relvas demitiu-se. Estava traçado o seu destino há muito tempo, só não entendemos tanta insistência. Muitas dúvidas ficam no ar.
Terá sido por causa do relatório da universidade Lusófona? Será estratégia por causa do que vem aí amanhã na sentença do TC? Ser escolhida uma altura tão conturbada da vida política será por acaso? Porque guardou o ministro Crato o relatório por dois meses na sua gaveta? Alguém acredita que o primeiro-ministro não sabe o que está escrito no relatório? Isto é ou não crise política?
Todas as questões colocadas acima nos parecem muito legítimas e que assaltarão as cabeças dos cidadãos que ainda vão prestando alguma atenção aos assuntos da governação e aos seus casos políticos, sejam eles mais ou menos estranhos.
Pois nós temos algumas opiniões, fundamentadas em nada, que não seja a intuição e alguma experiência de vida, pois não temos acesso a nenhuma fonte privilegiada de informação.
Dizemos que ao facto de ser hoje pedida e aceite a demissão, achamos muito estranho ser na véspera da tomada de posição do TC vir ao conhecimento público e até nos parece uma tentativa de distrair os portugueses com manobras de baixa política. Sim, porque não poderá ser por causa de um relatório que já existe há dois meses e é do conhecimento do ministro Crato e será por certo do ex-ministro Relvas e será também com toda a certeza do primeiro-ministro. Parece que o tal relatório vai para a PGR, por solicitação do ministro Crato, que também já não sairá limpo deste processo. Porquê demorar dois meses a dar dele conhecimento? O primeiro-ministro o que pensará disto tudo? Porque segurou tanto tempo o ministro Relvas?
Hoje temos mais dúvidas que certezas e procuramos só por os leitores a refletir um pouco sobre os assuntos, sem se agarrarem ao que gostariam que fosse, talvez por gostarem mais ou menos da cor laranja.
Perante a aflição do primeiro-ministro em convocar um conselho de estado extraordinário para sábado, com a finalidade de analisar a decisão do TC, perante esta saída abrupta de Relvas, perante o esconder de um relatório por dois meses, a ser verdade o que a imprensa diz. Isto será ou não uma crise política? Será ou não falta de honestidade de alguns membros do governo, se não por não cumprir a lei, por serem moralmente e eticamente questionáveis.
Perante tal salganhada o que pensará e dirá o ocupante amorfo do palácio de Belém? Também será agora o momento de continuar a fazer a tal diplomacia calada? Estamos entregues a gente sem moral e nem vale a pena dizerem-se sérios e honestos, isso é claramente desmentido pela guarda do relatório e pelo silêncio conivente do ministro Crato e do primeiro-ministro.
NÃO VALE A PENA APELAR À PAZ POLITICA PARA MANTER ESTE GOVERNO, SÃO ELES GOVERNANTES, OS GERADORES DE INTABILIDADE.
POIS DEMITAM-SE JÁ NO SABADO E DEIXEM O POVO ESCOLHER DE NOVO QUEM QUER QUE CONDUZA O PAÍS NESTA TAREFA DIFICIL.
O PROFESSOR CAVACO, IRÁ FICAR CALADITO PERANTE TODAS ESTAS COISAS QUE SE ESTÃO A PASSAR? SERÁ ESTA UMA SITUAÇÃO QUE TRANSMITE A TAL CREDIBILIDADE PARA OS MERCADOS? SE ELES GOVERNO, NÃO SE DEMITIREM, TEM DE SER O PRESIDENTE A DISSOLVER A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, A TAL BOMBA ATÓMICA.