Diário

Eça de Queiróz e a sua análise ao país em 1871.

Hoje sem muita pachorra para escrever sobre a atualidade deixo um trecho das farpas do EÇA DE QUEIROZ, para os leitores verem as voltas que a economia dá e que sistema distributivo nos tirou momentaneamente deste marasmo social de que ele fala.

“O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os carácteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!”
(Isto foi escrito em 1871, por Eça de Queirós, no primeiro número d’As Farpas. Parece mais actual do que nunca!)

Esperemos que o futuro nos volte a tirar deste estado em que estamos muito rapidamente e que em tudo era igual ao sec. XIX, só passaram 150 anos mais ou menos.
Só que a pobreza foi correndo até nos levar ao ESTADO NOVO, será que hoje alguém quer isso? Se não queremos temos de inverter o caminho.
ESPERAMOS ASSIM QUE ESTE CAMINHO QUE ESTAMOS A TRILHAR POSSA SER INVERTIDO E A RIQUEZA SEJA DISTRIBUIDA DE FORMA MAIS CRISTÃ.

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