Diário

Seguro e o quanto nos parece, agora, menos inseguro.

Hoje e após envenenado e tardio convite de Pedro Passos Coelho o líder do PS lá aceitou o convite endereçado por carta. Ao que parece vão reunir amanhã de manhã.
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Pois veremos o que sairá desta conversa dos dois amigos vindos das jotas dos respetivos partidos. Esperamos nós que o discurso mais aceso e de rutura com a linha mestra da governação seja para manter por parte de Seguro, preservando assim uma identidade de esquerda absolutamente necessária a uma mudança de políticas.
A coisa vista numa perspetiva de ganhos partidários, até poderia ser bom dar corda a este governo, de modo a esta gente fazer toda a desgraça, ou seja cortar e cortar tudo e mais alguma coisa e assim cavarem o descontentamento popular nas próximas eleições e pouparem o PS a ter de ser impopular nalgumas medidas mais austeras para atingir a consolidação orçamental. Esperamos que não seja essa a estratégia e que se mantenha o discurso anti austeridade que tem vindo a ser trave mestra do discurso do PS.
Para nós a solução tem de ser bem diferente do caminho traçado pela Troika e seu ministro das finanças Gaspar, que devia defender os interesses de Portugal mas como se diz na Irlanda mais defende os da Troika que os do seu país. Esta escolha entende-se perfeitamente, é um teórico e acha que tudo pode ser reduzido a econometria, engana-se como os resultados mostram. Devia ler os discursos de Lagarde onde assume que um euro de austeridade provoca de redução do PIB o dobro do previsto no início dos programas de austeridade. Já o sabem bem, ainda assim nunca assumem o erro e mantêm que este é o caminho para resolver o problema. Acreditem não será como o tempo virá a mostrar.
Assim se Seguro quer ser patriota terá de manter o rumo do corte com a austeridade e abandonar a teoria de 2/3 do lado da despesa e 1/3 do lado da receita. A nós nada nos choca se a receita do estado aumentar e os impostos se mantiverem ou até baixarem. Temos a certeza que tal é possível e este poderá ser um caminho para a consolidação pela via do aumento da base tributável fruto do crescimento económico. Temos de reduzir a nossa dependência agroalimentar do exterior e manter nesta linha a relação importação/ exportação que vimos mantendo há 4 ou 5 anos, sim já vem de Sócrates este caminho.
Devemos continuar a baixar a nossa dependência energética e continuar a apostar nas fontes renováveis, diminuir bastante a importação de automóveis fabricados sobretudo na Alemanha, aqui até considerando os carros com valores mais elevados como artigos de luxo e aplicando uma taxa suplementar de IVA.
Concluímos assim que teremos de reduzir o deficit e parar o endividamento, mas já percebemos que não será continuando a fazer insolventes as empresas e criando desemprego que tal se alcançará. Cada dia estamos mais longe com esta austeridade e suas nefastas consequências. Desenganem-se aqueles que acham que isto é uma guerra da função pública a não querer perder o seu estatuto e contra os funcionários da privada, vejam-se o que os cortes de entre 20 e 30% nos rendimentos de funcionários públicos e pensionistas, já baixaram o consumo interno e o desemprego que tal causou, note-se que todo no setor privado. Corte-se nas despesas do estado alguma coisa mas não pela via da redução do rendimento do trabalho dos funcionários públicos, seja pela via do salário ou do despedimento.
Não se pode mudar o tecido social e o peso do estado na economia em dois ou três ou mesmo dez anos, este é o erro de análise cometido por estes políticos inexperientes que governam o nosso país e a europa. Podemos se assim quiser o povo, escolher esse caminho, mas com tempo e devidamente sufragado nas eleições. Para isso os políticos têm de fazer campanhas sérias e não como a mentira geral da campanha de Pedro Passos Coelho.
CREMOS POSSIVEL FAZER DIFERENTE E MELHOR, ALCANÇANDO A CONSOLIDAÇÃO PELA VIA DO AUMENTO DO PIB.
SE SEGURO NÃO MANTIVER FIRME A POSIÇÃO QUE VEM TENDO NAS ULTIMAS SEMANAS, PERDERÁ PARA SEMPRE O NOSSO RESPEITO.

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