Diário

Vitorino e o dar esperança aos portugueses.

Dada a falta de temas interessantes ou bombásticas noticias, tivemos de procurar um pouco para encontrar um tema sobre que escrever umas palavras.
Encontrámos a entrevista de António Vitorino, que fala na necessidade de dar esperança aos portugueses, para que pelo menos possam aceitar a situação de sacrifício que estão obrigados a suportar.
http://economico.sapo.pt/noticias/e-necessaria-esperanca-para-manter-consenso-social_164424.html
Ora perante tal análise do Dr. António Vitorino, pessoa por quem reconheço alguma admiração e que entendo como honesto, sempre tenho de dizer o seguinte:
O que precisamos é de emprego e salários para poder ir à mercearia e ter os filhos na escola e pagar as despesas básicas que permitam viver com dignidade. Se os privados os não criarem o estado tem de tomar medidas para o fazer.
Que tal criar uma rede de cooperativas agrícolas estatais e colocar as terras do estado a produzir? Juntando-lhe outras que sejam privadas e sem exploração, negociando a sua utilização com os proprietários, sempre que sejam importantes para a viabilização das respetivas explorações.
Que tal gerir os baldios em termos florestais, talvez com a criação de uma ou duas empresas estatais que promovam o investimento nessa área e criem uns milhares de empregos? Pode ser mesmo contratando os beneficiários dos rendimentos sociais, RSI, DESEMPREGO etc.
Que tal o estado criar uma empresa de exploração mineira nacional, capaz de permitir fazer o que tem sido protocolado com canadianos e outros?
Temos para nós que isto não seria criar emprego por decreto, era antes criar empregos investindo relativamente pouco e rentabilizando recursos até agora pouco aproveitados. Pois se a iniciativa privada, em tempos de míngua não avança, que avance o estado, com os tais investimentos virtuosos e que promovem riqueza e emprego, alem de bens transacionaveis.
Vejam-se quais os produtos alimentares que poderemos produzir de forma a sermos autossuficientes neles e obriguemos as grandes superfícies a comprar uma percentagem destes produtos a essas cooperativas para garantir o escoamento, claro com um preço competitivo.
Quanto à produção florestal, esta criaria riqueza e emprego além de ainda evitar muitos dos incêndios que também custam milhões de euros ao erário publico, para transformar em coisa nenhuma, sem nenhuma criação de riqueza. Estas empresas poderiam ainda fazer alguns trabalhos para particulares proprietários que não cuidassem devidamente das suas parcelas, cobrando-lhe um valor por intervenção, ainda que diminuto, mas todos os valores ajudariam na rentabilização da estrutura.
Deverão claro está, ser essas empresas dotadas de estatutos no seu pacto social que obriguem os seus administradores a não furar os orçamentos, criminalizando efetivamente tais comportamentos. Se produzir couves ou eucaliptos dá lucro aos privados, também teria de dar ao estado, além de que poupariam em apoios sociais.
Quando a crise passar e se houver interessados privados em adquirir tais empresas, vendam-se essas estruturas e ainda se encaixarão mais uns milhões. E não vale virem dizer que o estado quer é baixar o valor global dos salários e não o aumentar pela via da contratação. Se esses postos de trabalho evitarem outro tipo de despesas ao estado e gerarem proveitos, qual é o problema?

DAR ESPERANÇA SOA JÁ A DISCURSO BACOCO E A RETORICA FURADA, OS PORTUGUESES QUEREM É COISAS PRÁTICAS E QUE GEREM EMPREGO.

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