Poesia

Branca paragem

Para-se-nos o cérbero
Vazio e infinito
Nada conta, apenas avança
A cada segundo o tempo.
Esse valor imaginário
Mas que nos impede
E impele a avançar
Vamos assim a parte alguma.

E quando voltamos?
Cá estamos como antes
Sem ter saído do sitio,
Foi apenas tempo
A condição a que nos sujeitámos.
Será pouco? Não sabemos,
Logo nos dirão os guardiões
Da verdade e dos avanços do mundo.

Bom é o tempo que corre devagar,
Sem que quando voltamos,
Sim, dessa paragem funcional
Alguém nos castigue ou melindre
Porque voámos por segundos
E largámos o pelear terreno.
Desistimos apenas, por momentos,
De contra o tempo lutar.

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