Quando somos surpreendidos por pessoas em quem confiamos e ficamos como quando se leva um murro no estomago, a vida parece-nos uma coisa estranha e por onde as pessoas passam de forma a apenas proteger-se e não para fazer o que é correto em termos morais.
Por vezes certas pessoas ainda têm a capacidade de nos surpreender, fazem-no não porque sejam muito diferentes dos outros, mas apenas pela sua vulgar normalidade.
Pessoas em quem acreditamos e até temos grande estima são aquelas que mais nos surpreendem, surpreendem porque somos puros e ingénuos demais, acreditamos que todos são intelectualmente honestos como nós e farão o que estiver ao seu alcance para que a verdade prevaleça sempre que um amigo lho pede, sobretudo quando o assunto é um aberrante comportamento de outro amigo ou conhecido.
Por honestidade intelectual, entendo só e tão só, o sermos transparentes e deixar-mos que os outros entendam claramente o que nos vai na alma sem truques e subterfúgios, ainda que mesmo os nossos amigos não concordem nem aceitem a nossas atitudes e opiniões, se com elas defendemos uma verdade inquestionável.
Honestidade intelectual é não se defender o bem-estar pessoal acobardando-se na indiferença, na abstenção, é ainda preocupar-se em manter a verdade como valor maior, ainda que para isso seja necessário questionar certas relações pessoais.
Como pode uma pessoa, apenas para ficar de bem com Deus e com o Diabo, acobardar-se no silêncio perante a malvadez? Pois perante tais comportamentos temos de rever o nosso posicionamento em relação a certos entendimentos com que definimos as pessoas que nos rodeiam. Amigo é alguém que nos pode criticar, mas que perante o mal, nos defende intransigentemente.
Nestes casos não existe neutralidade, se uma pessoa cometeu uma atrocidade monstruosa e a outra não fez nada que cause mal de monta, quando muito disse umas coisas feias. A abstenção perante uma situação como esta, claramente protege quem faz o mal. Assim não se mantem a neutralidade, pois defende-se uma parte, a que cometeu a atrocidade protegendo-a com um silencio mesquinho e tendencioso, prejudicando claramente a outra, ainda que se não diga nada que o prejudique.
Se virmos alguém matar ou roubar ou outra barbaridade qualquer, não temos a obrigação de o testemunhar seja com amigos ou com conhecidos ou desconhecidos? Pois perante a subtração de uma filha a um pai, as pessoas que conhecem a situação não têm o dever moral de dizer a verdade, sobretudo se essa verdade não implica dizer mal da outra parte, tão só o afirmar a capacidade para exercer a função de pai pela pessoa que se sente violentada com a situação de ficar impossibilitado de contacto com a filha de um momento para o outro.
Pior que tudo, sobretudo quando se sabe que a filha nem sequer está com mãe, pois esta intragável mãe está a dar largas ao seu romance tórrido e a deixar-se invadir pela luxuria e devassidão, por terras de negritude, deixando a filha entregue aos cuidados de quem mal se conhece, pois o relacionamento com a guardadora terá dias ou pouco mais. Nada de estranho, sempre assim foi, sim já se conhece o comportamento de outros carnavais, tem no curriculum, pelo menos, meia dúzia de relacionamentos amorosos desta natureza e sempre deixando a filha entregue a estranhos para se dar ao deboche.
O resultado de tais atitudes resultou no comportamento desviante da filha mais velha, rouba, dorme com dezenas de pessoas, falsifica documentos para se justificar das suas falhas de comportamento e atitude, chumba sistematicamente na escola, mente a toda a hora pois sabe que com tal forma de ser se disser a verdade as pessoas não lhe ligarão nunca coisa nenhuma séria.
Nem sequer culpo a filha mais velha, culpo a mãe que é uma sem juízo e mal comportada mulher, mentirosa, ardilosa, enganadora e leviana, tal banditismo provocou na filha a sensação que se a mãe faz isso e vai vivendo encostando-se aqui e ali. Se isso permite ir andando talvez seja uma forma de se conseguir ir avançando na vida sem muito trabalho e desgaste, julgará a adolescente filha mais velha. Cremos que a continuar desta forma acabará na prisão tal filha, apenas por causa da devassa educação que lhe deu a mãe.
Perante esta situação, não podemos entender certos comportamentos de um egoísmo atroz por parte de algumas pessoas que julgávamos amigas e assim não o estão a ser. Abstém-se na tentativa de não tomar partido, coisa que não conseguem, pois assim claramente protegem quem faz o mal. Saberemos entender isso e a seu tempo saberemos posicionar-nos perante algumas situações.
O amorfismo não poderá nunca ser uma qualidade, quando muito a arma dos cobardes para se protegerem a si próprios, coisa que não alcançarão nunca se tiverem consciência, pois saberão, se não forem burras, que ao calar-se protegem o mal e isso atormentá-las-á bastante, digo de novo, tendo elas consciência. Proteger quem causa mal, transforma as pessoas numa coisa tão ruim como a causadora do mal.
Não pensei possível que pessoas que tinha em boa conta me pudessem fazer isso, já que nunca lho faria a elas, se o caso me fosse posto a mim como o ponho a essas pessoas.
AGUARDAREI QUE UM DIA ME SOLICITEM ALGO SEMELHANTE, FAREI MUITO DIFERENTE DELAS, PARA LHES MOSTRAR COMO SE DEVE SER MORALMENTE SUPERIOR.
SE OS MEUS AMIGOS PRECISAREM DE MIM, NÃO ME PEDINDO PARA DIZER MAL DE OUTRO AMIGO, LÁ ESTAREI MESMO QUE ME TENHAM TRATADO DE FORMA INDECENTEMENTE DESONESTA.