São nuvens cinzentas
Que pairam nos céus
Escondem as belezas
Tais damas com véus.
Tempos duros e maus
Semeiam a vil pobreza
Sonhos não realizados
Terrível a feia tristeza.
Escasseiam os haveres
Causa viver sem calma
Põe os adultos a chorar
É ruim sofrer na alma.
Condutores incapazes
Gente sem formação
Assalto cego ao poder
Estupida e má ambição.
Qual deles o mais ruim
Nenhum o tem merecido
O povo é bem enganado
Ou muito mal esclarecido.
Maus políticos mandam mal
Eleitos pelos casmurros
Para serem comandados
Fácil fica, sendo burros.
Nesta vontade insana
A cultura vai mitigando
Causam falta de posses
E menos vão estudando.
Com tal desumano viver
Vai a malta avançando
Faltam básicos materiais
Alguns se vão matando.
Para contas poder pagar
Se vive na escravatura
Muita hora a trabalhar
Desde cedo à sepultura.
No trabalho muita honra
Se ensinou na juventude
Maléfica e falsa intrujice
Ser escravo não é virtude.
Não será possível trabalhar
Dos animais ser o borrego
Produzir com alinhamento
Quando só há desemprego.
Ao pobre tudo vai faltando
Mas o rico segue a prosperar
É o povo que mal vai votando
O único que isso pode alterar.
Há que escolher diferente
Ser na eleição bem arrojado
Ir sempre de cor mudando
Até alcançar o mais desejado.
Não deve o pobre ter medos
Quando sua vida está a arder
Aquele que já não tem nada
É só nada, o que pode perder.