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A inteligência e moralismo de um tal Núncio… Ao conjunto até podia chamar-se estupidez.

A INTELIGÊNCIA E MORALISMO DE UM TAL NÚNCIO…..
AO CONJUNTO PODIA CHAMAR-SE ESTUPIDEZ…

Porque certas pessoas em lugares de destaque no governo, por vezes nos parecem um bocado estupidas, mais uma vez vou zurzir nelas, hoje vai ser num tal de Núncio.
Depois de ouvir as declarações do Sr. Secretário de estado das Finanças, que vem com ar de justiceiro e moralista dizer umas coisas, que a serem implementadas vão impedir o estado de receber muito do que até aqui recebia em tramitação de processo-crime por falta de pagamentos ao fisco.
Queríamos colocar aqui o caminho para o vídeo que vimos na SIC noticias, mas como não o encontramos deixamos a noticia da pagina do Facebook da TSF para dar credibilidade ao que digo que o tal Sr. disse…
Começo por questionar o Sr. Secretário de Estado sobre o que entende ser o superior interesse do estado, receber os impostos em falta ou prender pessoas? Mas eu ao que parece sei melhor a resposta que o tal senhor. Claro que é do superior interesse da coisa pública o obter a cobrança dos valores em falta, já que prender as pessoas até custa cerca de 45€ por dia ao mesmo estado.
Pois diga-me o Sr. Núncio, que facto motivará o devedor a pagar, se vai ser condenado da mesma forma a prisão ou à pena correspondente pagando ou não pagando, ou mais uma vez a lei, tal como outras, vai ser tão estapafúrdia que só vai colocar na mesma situação os que não pagam porque não podem, daqueles que não pagam porque não querem. Ou então a tal lei terá de estar tão bem urdida que vai calibrar as penas de forma que não fique ao livre arbítrio de uns senhores juízes a dimensão da pena, para que um desgraçado que seja condenado por ter atrasado ou não pago umas poucas centenas de euros não seja tratado da mesma forma que aquele que não pagou dezenas de milhares ou até milhões de euros.
Custará a perceber que a isenção de pena era o que levava por vezes o devedor a endividar-se noutro qualquer credor ou familiar para ficar livre de pena, sobretudo de prisão? Talvez custe, tão pouco perspicaz nos parece o raciocínio que subjaz às declarações do Sr. Secretário de Estado.
Mas pior, como separará a lei os que ficaram em situação de incapacidade de pagar, daqueles que usaram os dinheiros não pagos na compra de bens de consumo e em viagens e hotéis em claro benefício próprio? E como garantirá aos mais pobres o mesmo tratamento que garante aos que podem pagar advogados a preços pornográficos e que levam os processos até à prescrição?
Falam para enganar tolos, e ao que parece são do mesmo governo ou apoiados por deputados que frequentemente têm pedido jogo limpo e o não amedrontar dos cidadãos…
Depois temos de tentar explicar a certas pessoas que ainda vão nesta conversa de justiceiro, «para cada crime ou falta, um castigo ou uma pena bem dura», que por vezes o cometer destes crimes ou faltas e o ficar a dever ao fisco e à segurança social, até pode ser muito mais interessante en termos financeiros do ponto de vista do estado que despedir todos os funcionários e eles irem receber o subsidio de desemprego e depois, muito provavelmente, nunca mais encontrarem trabalho por serem mais velhos que aquilo que o mercado laboral está disposto a absorver… Saberão fazer estas contas tão bizarras personagens? Cremos que não vão tão loge os seus saberes…
Talvez pior que tudo, sintam no castigo de alguns a compensação necessária ao satisfazer dos seus mais vis sentimentos de castigo dos que não puderam, pelos mais diversos motivos, honrar os seus compromissos. A isso habitualmente chama-se vingança, coisa nada própria de um estado de direito.
Conhecemos bem esta superioridade moral, que teima em julgar sempre os outros como seres inferiores, sobre os quais se pode opinar a bel-prazer sem conhecer minimamente o mundo onde se movem os devedores ou as razões que os levaram a certas situações, ou sequer, se tiveram algum benefício particular com aquilo que deixaram de pagar. É típica esta superioridade moral de pessoas que quase sempre viveram do trabalho dos outros ou trabalhando para o estado ou na sua orla como verdadeiros subsídio-depentes, com avultados subsídios, não com um qualquer RSI ou complemento solidário de reforma ou subsídio de desemprego. Ou porque numa determinada altura a coberto da ausencia destas leis absolutistas, as suas familias puderam de forma especulativa enriquecer estupidamente. Diga-se que mesmo os que chegam a certos lugares e cargos é naturalmente porque cresceram nas juventudes partidárias ou porque têm nos apelidos nomes que os catapultam para eles sem nenhuma demonstração de capacidade.
COM CERTOS POPULISMOS SEMPRE SE PODERÃO ENGANAR ALGUMAS PESSOAS A QUEM A PALAVRA JUSTIÇA EM ABSTRATO DIZ MUITO, MAS DEVERIAM ESSAS PESSOAS SABER QUE O QUE DIZEM ESTES SENHORES, SOBRE UMA CAPA DE RETIDÃO, É APENAS A TENTATIVA DESESPERADA DE SE FAZEREM PASSAR PELO PODER E IREM CALANDO CERTAS VOZES QUE SENDO MENOS CONHECEDORAS SE VÃO DEIXANDO MANIPULAR.
ESTA É MAIS UMA MEDIDA DE NATUREZA FASCISTA, QUE ACHA QUE DUROS CASTIGOS EVITAM CERTOS ERROS E QUE QUER UM ESTADO FORTE NO CASTIGO, FORTE A COBRAR MUITO E FRACO DAR EM TROCA AOS CIDADÃOS. EM TOTAL OPOSIÇÃO AO TAL ESTADO SOCIAL QUE TEORICAMENTE ESTAVA NA ORIGEM DO PARTIDO DESTAS ANTAS…
Dinis Jesus – 26-03-2014

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A ideia que não ficaria mal ao meu bisavô. Mas ele era analfabeto.

A IDEIA QUE NÃO FICARIA MAL AO MEU VISAVÔ; MAS ELE ERA ANALFABETO.

Hoje quase fomos colhidos por um ataque de perplexidade, quando ouvimos NA TSF uma determinada senhora, com algumas responsabilidades porque é presidente do conselho superior do Conselho de Finanças Públicas dizer que havia tido uma ideia interessante e que ela, a ideia, devia ser pensada…
Será que certa gente está a ficar senil???? Esta senhora com ar de alucinada, com um penteado tão original como a sua ideia e óculos de mister Magoo, já noutras alturas tinha dito coisas disparatadas, mas hoje excedeu-se. A ser criado um prémio para ideias tolas, uma coisa tipo OSCÁR, teria desde já a nomeação garantida com a fortíssima possibilidade de ganhar. Brilhante Dr.ª Teodora Cardoso.
Diz a senhora, que os rendimentos do trabalho, porque só falou de salários, deviam ser canalizados para uma conta poupança e serem tributados em sede de um peregrino imposto sobre a despesa e que corresponderia a um percentual dessa despesa medida pelos levantamentos…
Questiono-me:
– Quem seria o titular dessa conta? O assalariado, ou num sistema de confisco temporário, o estado?
– Para quem seriam os proveitos dos juros dessa conta poupança? Para o estado, o assalariado ou serviriam apenas para aumentar a liquidez da banca, banca essa que não foi capaz de supervisionar convenientemente quando era funcionária do Banco de Portugal e da qual foi ao mesmo tempo consultora, no caso no BPI?
– Porque julga ela, a senhora, que nunca viu o seu imposto de estimação e original ideia aplicadas em nenhum sitio? Julga que de repente se acorda um dia e se inventa um modelo novo de imposto e se resolvem os problemas das finanças de um país?
Agora os meus pensamentos acerca da ideia da senhora:
– Como sou um bocado brejeiro, logo me assaltou a ideia que alguém com uma imagem daquelas, deve ter tido o último orgasmo já bem para trás no seculo XX, se é que alguma vez teve algum e que essa falta de libertação de endorfinas no organismo lhe estaria a afetar o raciocínio.
– Pensei depois em senilidade, dada a avançada idade da senhora, que confesso não encontro em nenhum sítio da internet, mas embora possível também é bem provável que não seja o caso, dado que há outros bem mais velhos e ainda não acusam tal comportamento senil.
– Inclino-me pois para um caso raro de distanciamento da realidade em que vive a maioria dos cidadãos deste país e para a colagem cega a uma perigosa ideologia que quer contas certas descurando completamente para onde atira uma franja enorme da população deste retângulo chamado Portugal. Mais castigando aqueles que não tiveram culpa rigorosamente nenhuma, os mais pobres e assalariados, voltando a reduzir-lhes o rendimento.
Depois destas considerações, direi porque esta é uma ideia tão peregrina que a senhora só pode ter-se entusiasmado a ouvir-se a si própria de outra forma nada o justifica, até porque imediatamente se contradiz ao dizer que teria uma natureza progressiva e como tal seria diferente do IVA, não vejo como faria diferentes as taxas, se em função dos valores depositados ou dos rendimentos tributáveis dos assalariados, ou se aplicaria uma taxa igual a todos os levantamentos citados pela Sr.ª Dr.ª…. No caso da progressividade como seria ela feita antes da declaração de rendimentos de cada ano? Caso a taxa seja fixa, lá cobraria o mesmo aos ricos e aos pobres só variando em função do volume de dinheiro levantado tal como o IVA nas compras efetuadas… Será a Sr.ª Dr.ª tão estupida quanto parece?
Direi ainda que esta gente porque não tem nenhum tipo de dificuldades económicas, perdeu completamente a razoabilidade e diz disparates atrás de disparates, no caso em análise até nos parece que a ilustre senhora está a copiar a tendência para a inconstitucionalidade do nosso atual governo… Não haverá ainda um determinado sigilo bancário para defender ou já vale tudo desde que se lhes vá garantindo o rendimento alto…
A promiscuidade que existe ao permitir que esta gente salte do interesse privado (BPI) para o interesse público (BdP) a quem antes tinha de prestar contas e demonstrar boas práticas assusta-nos. Já o andar tantos anos por estas entidades estatais confere-lhes a ideia que são uns semi-deuses e que podem dizer e fazer o que quiserem. Bem sabemos que sem nenhuma moral para pregarem sacrificios, já que até ficam fora dos cortes de rendimento na maioria dos casos.
Tem razão numa coisa, é com mais receita que têm de corrigir o desequilíbrio das contas, mas devem criar alguns impostos que antes certos governos retiraram, o imposto sucessório que isentou as grandes fortunas de pagar o que agora se vê que faz falta, deve também aumentar a receita, mas aumentando a base tributável sobre que incidem os impostos, fazendo os maiores proprietários de imoveis deste país, os bancos, a pagar o famoso IMI do qual estão isentos, isso faz-se também aumentando o PIB, não encolhendo-o via redução do consumo. Talvez ainda possa taxar mais os rendimentos especulativos dos ganhos nas transações em bolsa e sim renegociando as taxas de juro que pagamos aos credores pois não temos maneira de continuar a ser a segunda divida publica mais rentável do mundo quando o que se discute é a sustentabilidade dessa dívida.

DEVIA ESTA AVOZINHA IR DE VEZ PARA CASA COM UMA REFORMA EQUILIBRADA NADA DE EXTRAVAGÂNCIAS E DEIXAR O SEU LUGAR PARA ALGUÉM QUE MESMO NÃO SAIBA MAIS, PELO MENOS NÃO DIGA TAIS DISPARATES…

GENTE QUE OCUPA LUGARES COMO O QUE OCUPA ESTA SENHORA, NÃO TEM AUTORIZAÇÃO PARA DIZER TOLICES DESTAS. SE QUEREM DIZER LIVREMENTE DISPARATES, FAÇAM COMO NÓS, NÃO TEMOS CARGOS DE RESPONSABILIDADE…
Dinis Jesus 24-03-2014

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Reformas Douradas.

REFORMAS DOURADAS

Fomos na semana passada, bombardeados com a notícia da possível nomeação de Jaime Gama para a administração do BES AÇORES como presidente do conselho, o lugar cimeiro da administração….
Como não costuma haver fumo sem fogo, aguardemos, mas dizendo o que pensamos sobre o facto, se este vier a acontecer…
Uma pessoa com a formação de Jaime Gama, licenciado em filosofia, professor do secundário e universitário deputado sistematicamente de 1975 para cá, cargo que foi suspendendo sempre que foi ministro… Não deve ser nenhum génio na administração bancária, não lhe sabemos no curriculum nenhuma formação na área, VER WIKIPÉDIA, mas também não lhe conhecemos nenhum impedimento intelectual para o fazer, já que o julgamos pessoa capaz, até temos pela sua pessoa elevada consideração e reconhecimento pela forma honrosa como exerceu todos os cargos que desempenhou.
O facto de Jaime Gama ser proposto para este cargo e possivelmente vir a desempenhá-lo, mais não será que uma tentativa das duas partes saírem a ganhar de tal nomeação, o BES porque contrata um “FACILITADOR”, alguém que sabe mexer-se nos corredores do poder político e com ligações a todos os quadrantes partidários, alguém que sempre será recebido em qualquer secretaria de estado ou gabinete de ministro em Portugal e no estrangeiro, alguém que terá uma qualquer embaixada ou representação consular ao alcance de um telefonema, enfim um abre portas e solucionador, por influencia, de possíveis situações de maior cuidado, dificuldade técnica ou negocial acrescida. Será isto tráfico de influencias???
Já o próprio Jaime Gama, fará um ou dois mandatos como presidente do conselho de administração do BES AÇORES e alcançará uns proveitos monetários que a política e a sua entrega à coisa pública, nunca lhe permitiram granjear, porque ao contrário do que muitos pensam, servir na política não enriquece, têm umas regalias e uns luxos enquanto estão em cargos políticos, mas quando saem, se esse serviço foi honesto e limpo, como julgamos que terá sido o percurso de Jaime Gama, apenas deu para viver bem, mas não deu para acumular riqueza.
Ora aqui é que a coisa se começa a turvar um pouco, e este homem vai agora ganhar muito efetivamente e depois terá mais uma reforma dourada ou uma qualquer indeminização multimilionária por uma querela qualquer que possa vir a surgir. Ganhará agora em cinco ou seis anos o que não ganhou no resto da vida e assegurará para si e para os seus um auspicioso futuro em termos financeiros… Alcançará até mais uma pensão, agora ao abrigo do sistema de pensões da banca que passou a ser responsabilidade do estado, mas que continua a garantir mordomias aos pensionistas desta área, por acordo com o governo aquando da compra do fundo de pensões da banca…
Depois de analisarmos o que achamos que são os interesses de cada uma das partes envolvidas, até podíamos achar que ao abrigo de um certo individualismo e da defesa do interesse particular de cada uma das partes nada de errado haveria nesta nomeação. Mas infelizmente mostra-nos a realidade que esta relação próxima e contratação de “ FACILITADORES” pelos grupos económicos de maior dimensão, se traduz em ganho significativos para esses grupos, nem sequer vamos dar exemplos, mas não faltam, nas PPP e em outros setores da atividade económica, com quem os sucessivos governos foram negociando contratos ruinosos para o interesse público… E é agora aqui que a coisa começa a ficar feia mesmo, isto porque veja-se quem hoje gere esses grupos e quem administra verbas enormes provenientes desses contratos assinados entre governantes e grupos económicos, pasme-se muitas vezes são os que estavam do lado do estado que hoje beneficiam estando do lado dos grupos económicos…
Esta é uma promiscuidade que só teve paralelo nas sociedades fascistas existentes na europa no seculo XX desde a chegada ao poder de Mussolini, até à queda da nossa ditadura fascista de Salazar e Caetano, onde o poder económico estava entregue a privados em conexão e proteção do poder politico corporativista. Curiosidade das curiosidades, são hoje quase os mesmos grupos e famílias portuguesas de antes, quem controla o poder económico em Portugal hoje em dia…
Tudo isto seria de somenos importância se as classes mais desfavorecidas não estivessem de novo sobre forte pressão e vivendo com cada dia menos, ao invés das gentes que são proprietárias e administram esses grupos económicos cada dia mais ricos e com faustosas vivências… Mas como o bolo é pequeno, este poder económico de hoje, ao contrário de antes, sustenta-se na atividade especulatória e financeira, tornando-se improdutivos e empobrecedores do país, não criando empregos significativos e ficando à mercê dos humores de outros grupos especuladores de dimensão mundial, que em momentos de maiores convulsões económicas até aos seus correligionários mais pequenos (no caso os grupos económico-financeiros portugueses) esmifram no sentido de maximizar os seus lucros…
Nessas alturas, como foi o caso de 2011, vêm os banqueiros de pacotilha dizer que o estado não pode continuar a forçar a banca e que tem de avançar para pedidos de ajuda externa e assim recapitalizar os negócios destes senhores… Ora para isso dá muito jeito ter nas suas fileiras os senhores dos partidos ou com influência nas estruturas partidárias e com bons relacionamentos nacionais e internacionais nos corredores das decisões politicas, para com isso influenciarem a seu favor as medidas governativas a tomar em cada altura.
Como se combateria isto? Obrigando estes senhores que exerceram cargos públicos a um período de nojo, recebendo um subsídio para tal, se ainda não tiverem idade ou direito a pensão e impedi-los por um longo período de serem mandatários de ambas as partes e assim serem nos pós contratos, deles líquidos beneficiários.
Pode até nem ser efetivo esse aproveitamento, ou não ser premeditado, mas que parece, disso não tenhamos qualquer dúvida…
À MULHER DE CÉSAR NÃO BASTA SER SÉRIA, É NECESSÁRIO PARECE-LO…
NESTE CASO E MAIS UMA VEZ COMO NOUTROS, OS ANTES POLÍTICOS TRANSFORMADOS EM GURUS DA GESTÃO EMPRESARIAL, NÃO PARECEM SÉRIOS…
Dinis Jesus – 11-03-2014

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A sabedoria tola do Belmirinho.

A SABEDORIA TOLA DE BELMIRINHO

Hoje foram largamente publicitadas as “sapientes” declarações de Belmiro de Azevedo, quão podem ser classificadas de sapientes, quaisquer declarações de um troglodita ou de um asino…

Lemos hoje as declarações de Belmiro de Azevedo, pessoa por quem não temos nenhuma admiração especial, diga-se. Fala o homem que os portugueses só podem ter melhores salários quando forem mais produtivos. Pelo menos é isso que eu entendo quando certas bestas falam de produtividade em termos individuais dos trabalhadores portugueses.
Deixamos aqui o que a TSF disponibiliza acerca do assunto, apetecendo-nos explicar ao Sr. Belmiro de Azevedo, que no caso das suas mercearias gigantes, chamadas CONTINENTE, bem como nas outras empresas do grupo SONAE a produtividade deve ser alta, pois o ilustre senhor continua a multiplicar a sua fortuna.
Ora se não são produtivos e fazem menos três ou quatro vezes menos que os empregados de balcão das mercearias na Alemanha, como segue este senhor a multiplicar a sua fortuna? Não será em cima da produtividade dos seus funcionários? Roubará então? Corromperá os poderes políticos e financeiros deste país? Ludibriará os impostos e outras obrigações legais?
Digo agora eu, que não saberá este e outros senhores, o que é produtividade, pois se soubessem não diziam tais disparates. Parece a esta gente que os portugueses são uma cambada de preguiçosos e que não querem produzir, o que é uma perfeita mentira, pois se assim fosse não eram os portugueses mão-de-obra tão reconhecida e contratada nos países que são apresentados como de excelente produtividade.
Por trás da produção de cada trabalhador está o tipo de valor que o mercado atribui ao produto que é produzido, o sistema produtivo das empresas que estes senhores, grandes empresários, colocam à disposição dos trabalhadores. No caso português, com a visão medíocre dos empresários e apostando mais na especulação financeira, que na melhoria dos sistemas produtivos e no desenvolvimento de produtos competitivos pela integração de inovação e ciência nas suas empresas, nunca teremos índices de produtividade comparáveis aos alemães… Não fabricamos Mercedes, Audi, BMW nem Porches, não temos a Siemens, nem a Bosch, nem um sem número de marcas e empresas que produzem maquinaria e equipamentos de altíssima qualidade. Mas de todo não pode esta falta ser da responsabilidade dos trabalhadores.
Sugestão: vá o Sr. Eng.º Belmirinho à Alemanha contratar esses eficientes trabalhadores e assim ainda acumular mais riqueza, pagando mais quarenta ou cinquenta por cento que paga aos improdutivos trabalhadores escravizados nas suas empresas…
Uma pergunta para o Eng.º Belmiro: Um empregado do talho de um LIDL ou de outro qualquer hipermercado na Alemanha, corta mais bifes que um empregado de um talho no Continente aqui em Portugal? Damos desde já a resposta: NÃO.
Falam apenas para justificar as condições de escravatura em que fazem trabalhar os funcionários em Portugal, com um único objetivo, o de continuar a enriquecer à conta dos baixos salários dos funcionários… Apostando na política que pobres refilam menos e quanto mais apertados estiverem, mais se sujeitam a trabalhar por menos dinheiro…
Um aviso, em caso de revolta, o Brasil já não será ponto de fuga viável como no 25 de abril de 1974… Hoje teriam de fugir para países onde a sua pequena visão e capacidade empresarial, lhes não permitirá viver faustosamente como aqui, porque serão empresários medíocres quando comparados com os que já lá estão nesses países… Medíocres pela pequenez da mentalidade e pela ridícula capacidade económica quando comparados com outros…
PARA TERMINAR ESTE DESABAFO, ACERCA DA ESTUPIDEZ DE ALGUNS, DIGO: QUE VOZES DE BURRO NÃO CHEGAM AO CÉU…
Dinis Jesus 07-03-2014

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