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A suspensão governativa, aguardando pela sentença do TC.

Parece que temos as ações governativas suspensas, sine-die, até que os juízes resolvam dizer qualquer coisita sobre a constitucionalidade do OE de 2013.
Hoje domingo de Páscoa e com mais vagar para perscrutar a imprensa escrita, encontrei esta noticia do Sol, jornal pelo qual não morro de amores, mas demos o beneficio da dúvida.
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=72034
Esta gentinha, políticos de pacotilha, o que ainda estarão à espera para fazer a única coisa digna que podem fazer, demitir-se? Se nesta situação de crise profunda, andam ainda com paragens governativas, aguardando pelo TC, como se este possa ser depois responsabilizado pela inconstitucionalidade do OE. É o mesmo que não existirem como governo. Mais, o TC não poderá nunca ser responsabilizado pela coisa, já que este é um tribunal que apenas faz a verificação se o OE está ou não de acordo com o texto constitucional. Não estando só há uma sentença a proferir, INCONTITUCIONAL, só faltando que depois façam como o ano passado. Pois sim senhor, é inconstitucional, portanto ilegal, mas a bem da causa pública ficará assim. Se assim for, veremos que este governo é de uma incompetência tecnica sem precedentes, só sabe fazer orçamentos inconstitucionais. A responsabilidade dessa situação só pode ser assacada a uma entidade, O GOVERNO.
Isto seria a clara suspensão da democracia e o não regular funcionamento das instituições democráticas. O que obrigaria o presidente da república a ter de tomar medidas e a demitir o governo. Só nos faltava que este governo só fizesse orçamentos inconstitucionais e ainda assim a coisa avançasse como de normal situação se tratasse.
Esta gente, que antes queria alterar a constituição, depois achou que não era necessário, agora solucionava isso com a solução de fazer orçamentos inconstitucionais mas que passariam sempre com a conivência do TC. Tinha muita piada, agora isso, ser tratado assim todos os anos.
Há pessoas que falam que este governo tem de manter-se em funções a bem de uma estabilidade e o não cair na “italianice” da ingovernabilidade e para que não falte o dinheiro para o dia-a-dia. Julgo que estas pessoas não saberão ao certo do que falam e estão apenas atormentadas com a demagogia que os governantes e seus acólitos vão fazendo. Pois mais instabilidade que a que está instalada não pode haver. Basta ouvir o que dizem várias pessoas ligadas ao PSD ou ao CDS, este último vai pedindo a remodelação apenas para não ser acusado de causador da desgraça, mas está claramente mais fora que dentro. Já o PSD tem gente a dizer que este governo está morto.
Pois a consequência disto tudo é que os tais 2.800M€ do próximo desembolso da Troika, parece que não avançarão sem a apresentação do plano de cortes, ou seja a tal relatório de enquadramento orçamental a entregar na UE. Será que vai faltar o dinheiro já este proximo mês para pagar os tais ordenados e reformas? Nada disso, podemos manter a calma, ainda não está para já, mas garantidamente, necessitaremos de outro resgate ou ir aos mercados a dez anos com taxas de juro acima dos 7%, é só escolher a que forca queremos submeter o pescoço.
Entretanto a Alemanha, vai amealhando uns milhões na poupança de pagamento com juros, eles ao contrário de nós vão-se financiando mais barato e atirando com esse ganho para nós sob a forma de perda.
http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=72040
Esta é a Europa que se pretendia solidária e não o é. É a Europa da Alemanha, da Finlândia e da Holanda a sujeitarem os países do sul ao castigo por serem pobres e terem usado os financiamentos que quase lhes enfiaram pela goela abaixo, para comprar os produtos à Alemanha. Mas que diga-se é a Europa de Passos e Gaspar, pelo menos a que sempre defenderam, acusando os Gregos de incumpridores.
POIS SE AGUENTAMOS A SUSPENSÃO DA GOVERNAÇÃO, MELHOR AGUENTAREMOS UMA GOVERNAÇÃO DE GESTÃO E ELEIÇÕES.
LOGO SE VERÁ A QUE RESULTADOS LEVARÃO, PSD/CDS; PSD/PS; PS/CDS; PS/BE; PS/CDU/BE? SÃO MUITAS AS HIPOTESES DE COLIGAÇÃO SE O PS NÃO TIVER MAIORIA ABSOLUTA, SITUAÇÃO ESSA DE AUSÊNCIA DE MAIORIA ABSOLUTA QUE MUITO NOS AGRADARIA, PARA VER A QUEM COLARIAM.
ISTO QUE TEMOS É QUE É INSUSTENTÁVEL.

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O Papa Francisco e a sua simpática atitude.

Este Papa apresenta-se de uma maneira tão frugal e humilde, que faz quem lhe prestar atenção, ainda que não católico, quase sentir-se obrigado a admirá-lo. Além disso empresta uma boa disposição e simpatia que conquistam qualquer pessoa.
Devo dizer que embora de esquerda em termos políticos, sou católico de formação e educação embora muito pouco celebrante e pouco participador em manifestações de religiosidade. Mas a bem da verdade devo dizer que acredito numa entidade superior que rege os destinos do universo. Será falta de pragmatismo? Talvez, mas creio que já não mudarei.
Entendo depois que da mesma forma que defendo um modelo político que não acredita naquilo que eu acredito em termos religiosos, os meus correligionários de crença podem não entender esta minha dicotomia, a esses digo que a entendam como um pecado e eu serei então católico pecador. Quem não o será? Cada um por suas razões, ou porque usa o preservativo, os métodos contracetivos, porque não cumpre alguns dos mandamentos ou das obras de misericórdia. Cada um terá os seus pecados, entendam-me pois a mim nessa linha de pensamento e estará o caso arrumado.
Aos outros correligionários mas da minha linha política e não crentes direi que, tirando a questão metafisica do assunto, em termos de distribuição da riqueza e respeito pelo Homem, a filosofia católica é a que mais se aproxima da ideologia de esquerda que defendemos. Basta ler o catecismo para o perceber sem dificuldade. Além de mais estamos todos, na civilização ocidental, muito próximos em termos de valores civilizacionais, pois a nossa sociedade rege-se por valores que assentam claramente nas filosofias judaico-cristãs, para definir o bem e o mal, o certo ou o errado e a interação entre os seres vivos existentes na terra.
Depois desta explicação que não podia deixar de fazer para ficar de bem com a minha consciência, passarei a dissertar apenas acerca do que entendo deste Papa e do que creio ser a sua vontade em termos de alguma mudança na Igreja Católica enquanto instituição.
A atitude de Francisco, nome já de si revelador da mensagem que quer transmitir, é bem diferente da maioria dos seus antecessores na cadeira de Pedro. A atitude de grande humildade que demonstra, o sorriso que faz a toda a gente, o ar de tranquilidade que deixa transparecer, a facilidade com que fala das outras religiões e quer aproximar-se delas, a atenção e as palavras que tem dirigido aos mais pobres ou fragilizados por outro motivo qualquer. Agora mais recentemente a atitude e as ações que tem praticado nas celebrações desta Pascoa, tudo são indicações de que na estrutura da Igreja Católica existe gente de qualidade, praticante e adepta do bem.
Cremos que não será alheia à sua prática a sua experiencia enquanto membro da igreja nos patamares mais baixos da hierarquia, o ter sido pároco e o lidar com muita gente pobre no seu dia-a-dia, na empobrecida Argentina. Talvez mesmo não seja alheia a esta sua atitude o ter entrado tarde para a vida religiosa e ter convivido entre a população comum enquanto jovem, tendo assim entendido os anseios das pessoas que não fazem parte da estrutura da Igreja Católica.
Apresenta-se como muito possível que faça do seu papado, uma lufada de ar fresco na por vezes pouco renovada atmosfera da estrutura eclesiástica e promova assim algumas renovações que cada dia mais pessoas reclamam. Parece bem capaz de fazer algumas ainda que se tenha de compreender que não se fazem revoluções numa estrutura como a Igreja Católica, as mudanças têm de avançar devagar. As igrejas são estruturas dogmáticas, nem podiam ser outra coisa, como tal não se pode dizer amanhã que tudo o que defendíamos até hoje está errado. Isso é coisa de políticos e apenas daqueles pouco sérios, não pode ser esse o funcionamento de uma instituição religiosa.
Na Igreja Católica o tempo corre devagar, têm os católicos a obrigação de entender que o tempo da Igreja é mais lento que nas outras instituições menos dogmáticas e as mudanças são por isso muito mais alongadas no tempo. A igreja nunca acompanhará em termos temporais as mudanças da sociedade, precisa de mais tempo para refletir sobre as coisas e burilar os dogmas sem os desmentir de um dia para o outro.
Talvez por isso as seitas cristãs que pululam por aí, vindas do Brasil sobretudo, crescendo de uma forma assustadora, tenham o sucesso que têm, dão de barato o que o cidadão comum quer ouvir, como é fácil o caminho nesse universo, pois os dogmas são mais ligeiros e os pecados menos, a aderência dos menos fortes de espirito torna-se facilitada e é até apelativa.
A atitude despojada, humilde e simpática do Papa Francisco, torna-o um homem capaz de cativar as pessoas de todos os quadrantes religiosos e fazem dele uma pessoa talhada para promover entendimentos alargados dentro e fora da igreja, além de impedir a transferência de alguns católicos para as tais seitas faladas atrás.
Diz que deve a Igreja Católica colocar-se ao serviço dos pobres e mais desprotegidos, refere-se a estes em todas as suas missivas e intervenções, apela ao perdão, à tolerância e pede que os católicos respondam ao mal com o bem. Imaginamos que não há ninguém de boa-fé à face da terra que não tenha de concordar que estes apelos são belas indicações.
Gostamos também muito da forma simples e acessível como constrói as suas comunicações aos católicos e não só, a todos quantos o escutam. Tem um discurso desconstruído, de compreensão fácil para os menos eruditos, sendo estes uma grande fatia da população que diz querer preferencialmente ajudar.
GOSTAMOS DELE E DA SUA ATITUDE, ACHAMOS MESMO QUE PODE ATÉ SUPERAR EM TERMOS DE ADMIRAÇÃO O ENORME JOÃO PAULO II.
PARECE-NOS ASSIM QUE O ESPIRITO SANTO, PELA MÃO DOS CARDEAIS, FEZ UMA SOBERBA ESCOLHA.

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Nuno Crato e a Relvascenciatura.

Parece-nos que algo vai mal no reino de Portugal, no que ao assunto da licenciatura de Relvas diz respeito. Parece que o Ministério da Educação, como tal o governo, já tem há alguns dias um relatório da lusófona contendo informações sobre licenciaturas com créditos por experiência profissional..
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=3137118
Ora se esse relatório já existe e se está em posse do ministro da educação, pessoa por quem até temos alguma simpatia pessoal, desde o Plano Inclinado, o programa televisivo em que participava. Não pode ser guardado por tempo indeterminado, sob pena das pessoas começarem a especular acerca do que contem tal relatório. Ou então estará a ser guardado mesmo por causa do que contem, talvez seja mais uma machadada na credibilidade de Relvas e quem o mantem no governo.
Começa a parecer que será dado a conhecer apenas depois da tal saída, aconselhada pelo professor Marcelo ao primeiro-ministro. É uma ideia que nos não tranquiliza, antes preocupa, pois configura mais uma vez o uso do pior da política, as jogadas subterrâneas e a pouca transparência. Este caso é público e mediático por isso deve ser tratado com rapidez e clareza e os portugueses devem ser rapidamente informados das conclusões.
A ideia de remodelação de governo atormenta-nos, pois achamos que devem ir-se embora (demitir-se) e dar ao povo a possibilidade de decidir o futuro, ratificando as propostas do partido vencedor e assim comprometendo-se com o caminho a seguir daí para a frente em termos governativos, sobretudo no que respeita aos assuntos a negociar com a Troika ou ao romper com este memorando.
Nem valerá a pena apelar ao sentido de estado e ao não querer a instabilidade política, para justificar o manter-se na governação. Esta gente já não tem com eles os seus eleitores e já não representa a vontade da maioria dos portugueses, vejam-se as recentes sondagens e que anseios revelam. Ao dito antes, devem juntar-se as divergências na coligação e a paragem governativa a que assistimos. Este governo já não governa, apenas estão ainda vivos porque se esqueceram de morrer. Instabilidade já existe, em todos os sentidos, políticos, sociais e económicos.
Porque não admitem que está tudo a correr mal e que já não têm condições de governar na linha que haviam traçado para a nossa política de consolidação das contas públicas. Pois afastem-se, permitindo ao povo escolher, agora mais informado, quem deverá conduzir os nossos destinos governativos.
Esta agenda que estão a usar no caso “Relvascenciatura”, não augura nada de bom. Ainda assim esperamos que tenham bom senso e publicitem o tal relatório já na condição de demissionários. Possibilitando assim ao novo governo, com revigorada legitimidade, fazer um orçamento retificativo que já contemple as decisões do TC. Certamente, vamos necessitar de um outro resgate e deveria ser um governo que não tenha falhado as metas que este falhou a negociá-lo.
DEVERÁ O MINISTRO DA EDUCAÇÃO ESCLARECER CONVENIENTEMENTE ESTA SITUAÇÃO DA RELVASCENCIATURA, PREFERENCIALMENTE JÁ NA PROXIMA SEMANA.
NÃO DEVEM ENTENDER A REMODELAÇÃO COMO SENDO SOLUÇÃO, NÃO BASTA SAIREM ALGUNS, TÊM DE SAIR TODOS, TERÃO HIPOTESES DE CONCORRER NAS ELEIÇÕES ATÉ AINDA COM O RELVAS E TUDO, LOGO SABERÃO O QUE O POVO, HOJE, ACHA DELES.

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Sócrates, a sua entrevista e o espalhafato que causou.

Devo dizer que não vi a entrevista, mas hoje fui obrigado a ouvir, ver e ler, em tudo quanto é órgão de informação, os mais diversos comentários e entendimentos sobre ela.
Não sei como definir esta coisa de tanto interesse no que diz o homem. Não votei nele nunca, quando foi eleito, votei como engolindo um sapo, para recordar a expressão de um grande, na tentativa de evitar mal maior nas últimas eleições que perdeu, coisa que de todo não alcancei, mal maior que se comprova facilmente pela governação que temos tido daí para cá. Ainda assim acho que Sócrates já governava na linha desta governação, só era um pouco menos fundamentalista na sua prática.
Do alto da sabedoria popular vem o provérbio que diz:” detrás de mim virá quem bom de mim fará” Este governo de Passos Coelho é a demonstração cabal da tal sabedoria popular. Pior que Sócrates e Teixeira dos Santos, só mesmo Passos Coelho e Gaspar. Parece-nos que ninguém de bom senso porá em causa a nossa afirmação anterior.
Existiram hoje mais uma vez em tudo quanto era sítio, imprensa, redes sociais, cafés, restaurantes, locais de trabalho, na rua, na paragem de autocarro e em todos os locais onde houvesse mais que uma alma, conversas acerca da tal entrevista, pasme-se até na imprensa internacional. Se mais não for o homem é uma celebridade e consegui 300.000 almas a mais que o atual primeiro-ministro na última entrevista que deu na TVI, nesse tal indicador a que os operadores de televisão chamam de índice de audiência (share).
Pois bem se essa era a intenção conspirativa do tal ministro Relvas, como muitos defendiam na antevisão da chegada “socrática” ao comentário politico, talvez esta tenha sido a única obra bem-sucedida do tal ministro. Pois claramente durante mais de dez dias falou-se mais de Sócrates do que da nossa triste situação e do descalabro governativo em que nos encontramos. Pior, continuará a falar-se.
Depois vi até alguns jornais fazerem análises do rigor das afirmações e números que o homem foi lançando durante a entrevista, parece que desse rigoroso escrutínio, o artista, nem se saiu mal, daquilo que li. Parece que o homem veio para colocar algum equilíbrio no ruido do comentário político, já que até aqui só falavam audivelmente os comentadores laranjas, daqueles comentadores que já tiveram altas responsabilidades político-partidárias.
Percebe-se mais uma vez que ele tem jeito para as palavras e para levar as pessoas a aceitar os raciocínios que faz, se lhe dão tempo e espaço é capaz mesmo de se reabilitar politicamente. Curioso é que fizeram, detalhada análise ao que diz na entrevista de uma forma que se fizessem o mesmo ao atual governo, entre o que dizem ou disseram e a realidade dos números. O tal de Pinóquio, passaria a ser um anjinho comparado com quem hoje nos governa.
O que disse o tal senhor é importante na medida que poderá servir para abanar algumas consciências e mostrar que nem tudo é o que parece. Sabendo que há também aqueles que já construíram uma ideia de como o homem funciona e não mudarão jamais a forma como olham para ele e o escutam, sempre o julgarão como um mentiroso e um manipulador, um mestre no enganar do povo, além de causa única da situação ruinosa que temos. Até poderá ser, mas a máxima que diz: ”podem enganar-se todos algum tempo, alguns todo o tempo, mas não pode enganar-se todos todo o tempo.” Também poderá aplicar-se no caso do temeroso Sócrates, não será capaz de nos enganar a todos todo o tempo, mas parece-me bem capaz de enganar os suficientes para ser eleito presidente da república ou até outra coisa qualquer, se assim o entender. O que diga-se até pode ser menos mau que o que temos atualmente, tanto em Belém como em São Bento.
Por culpa da popularidade exagerada atribuída a Sócrates, não prestaram as pessoas atenção convenientemente ao que vai dizendo o nosso primeiro-ministro por terras de Paços de Ferreira na companhia de nórdico governante. É que caso não se lembrem ou achem que o homem é um santinho, ele lá foi ameaçando os juízes do tribunal constitucional da desgraça que estarão em vias de provocar. Mesmo dizendo que não fazia nenhuma pressão com isso. Se isto não é ser mentiroso é o quê? Se até reconheço o direito a que diga o que acha, em relação ao que acontecerá se o TC chumbar as medidas que tem em apreciação, tem é de aceitar que ao dizê-lo está a tentar fazer valer o seu ponto de vista, para convencer a que não determinem as tais inconstitucionalidades no OE 2013.
Também ao que parece o Sr. Primeiro-ministro, deixou transparecer entre os seus pares, claramente, que não tem alternativa se o TC chumbar as medidas e que a demissão será uma saída possível.
POIS CAROS LEITORES, IMPORTANTE É O QUE DIZEM OS QUE NOS GOVERNAM E AS DECISÕES QUE TOMAM.
POR ISSO DEVEMOS DAR MAIS ATENÇÃO AO QUE DIZEM OS GOVERNANTES E MENOS AO “SHARE” DE SÓCRATES E MESMO AO QUE DIZ, ENQUANTO NÃO TIVER NENHUM CARGO COM RESPONSABILIDADES POLÍTICAS.
PARA TERMINAR, SE O NIVEL DE AUDIÊNCIA SE MANTIVER, OS DETRATORES DA VINDA DE SÓCRATES PARA O CANAL PÚBLICO, POR SER ISSO MESMO E PORTANTO PAGO COM O DINHEIRO DOS CONTRIBUINTES, DEVIAM ESTAR NESTE MOMENTO FELIZES, POIS ELE CONTRIBUIRÁ PARA AUMENTAR OS PROVEITOS DA RTP PELA AUDIÊNCIA QUE PROVOCA.

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Hoje porque não tenho muita vontade e porque não vi nem ouvi o Sócrates na RTP.

Hoje deveria certamente escrever sobre o mais mediático dos assuntos, eis que não vi nem ouvi o demoníaco Sócrates, como tal terei de falar de outro assunto qualquer.
Pois vai que li na internet que a Comissão Europeia, confirma a hipótese de estender o confisco aos depósitos dos países sob resgate, de qualquer tipo, desde que na UE, contrariamente ao que disse o seu energúmeno presidente do Eurogrupo. Como tal e dando algum valor aos peticionários da não vinda do Sócrates, não vi a entrevista/comentário e falo de um assunto muito, mas muito mais sério.
http://expresso.sapo.pt/comissao-europeia-confirma-hipotese-de-estender-imposto-sobre-depositos=f796365
Ora eu que sou comunista de coração e mentalidade, sabendo que tal atitude é neste momento muito mal tolerada pela sociedade, deveria regozijar-me com tal atitude da união europeia. Pior é que a tal união não aceita o sistema distributivo e social dos comunistas, apenas o tolera, se ele, circunstancialmente, proteger os mais fortes, digamos que por defeito do mesmo sistema.
O que quero eu dizer com isto? Nada mais que este tal de confisco é uma medida discricionária e não enquadrada num sistema político e distributivo concreto e definido. Digo-o com a firme convicção de que não me engano. Esta gente apenas quer mais uma vez proteger os credores e esmagando quem for necessário para atingir tal fim.
Eu, por esquerdismo militante, sou adepto da máxima comunista do período pós-revolucionário em Portugal. E o que dizia essa máxima? Dizia o seguinte: “ Os ricos que paguem a crise”, ora nestes tempos de míngua, quem tem mais que 100.000€ no banco, não é outra coisa que não rico.
Pois não acho a medida acertada, porque não está de todo enquadrada num sistema amplo de distribuição da riqueza.
Se em abstrato me questionam, se acho que alguém que poupou a vida toda, de uma parca reforma ou salário, para ter esse dinheiro na banca como poupança, se deve dele ser desapropriado, eu acho muito, mas muito mal. Preferiria que nunca o tivessem tido na sua mão e assim não sentiriam a sua perda.
ESTA GENTE É LIBERAL E CAPITALISTA, MAS SE LHE INTERESSA, TAMBÉM SE APROPRIAM DO PIOR DOS COMUNISTAS, PARA COM ISSO SERVIR O CAPITALIZAR DO TAL SISTEMA CAPITALISTA.
SÃO MÁUS E POUCO SÉRIOS. POIS EU PREFIRO OS MAUS MAS SÉRIOS. ESTES SEGUNDOS, SERÃO OS VERDADEIROS COMUNISTAS.
EU CLARAMENTE PREFIRO OS VERDADEIROS AOS DESONESTAMENTE COMUNISTAS. SE ROUBAM, POIS QUE SEJA EM BENEFICIO DA UTÓPICA IGUALDADE.

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O espião e a sua integração na presidência do conselho de ministros.

Será a integração, do ex-espião e ex-diretor do SIED, no serviço da presidência do conselho de ministros, mais ou menos grave que a vinda de Sócrates para comentador da RTP?
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=27&did=101749
Sabendo que a tal nomeação decorre da lei, mas achando que há outras interpretações da mesma lei, tal como as diferenças de julgamento sobre uma mesma lei, que deixam Luis Filipe Menezes ser candidato no Porto e não deixam Fernando Seara ser em Lisboa, é a mesma lei e leituras diferentes dos juízes que julgaram as providências cautelares.
Será que seria de bom-tom ter aqui também havido o uso dessa ferramenta e o Sr. Primeiro-Ministro ter apresentado um pedido de providência cautelar, antes da nomeação? Ou outra qualquer entidade, para não sujeitar o primeiro-ministro a essa trabalheira.
A nós claramente parece que sim, até porque imaginemos que o homem é condenado pelos três crimes de que está acusado (acesso indevido a dados pessoais, abuso de poder e violação do segredo de Estado), estando o início da fase de instrução marcada para 3 de Abril. Em última análise até é preso. Como descalçarão a bota nesse caso? Bem sabemos que parece que o homem ajudou o governo e sobretudo o esforçado e competente ministro Relvas, mas isso bastará?
Tudo isto soa a brincadeira, soa a “que se lixe porque quem paga são os portugueses”
Além disso foi o homem que pediu a demissão para ir trabalhar para aquela empresa famosa, sabemos de quem, uma tal de ONGOING, e ninguém o tinha despedido nem havia ainda as tais rescisões amigáveis.
Agora também neste caso se dividirão as opiniões e quase sempre com base apenas num princípio, o da côr política. Mas ao que parece ainda não há petições, estarão os portugueses a ficar mandriões também em peticionar?
NÃO MANDARIA A PRUDÊNCIA, A MORAL E O BEM DA COISA PÚBLICA, QUE SE ESPERE UM POUCO PARA VER O QUE VAI ACONTECER AO HOMEM?
SE ATÉ PARECE QUE ELE VAI RECEBER COM RETROATIVOS. QUE MAL TERIA ATRASAR, NOMEANDO-O APENAS SE NÃO FOR CONDENADO?
OU TERÁ DIREITO AINDA A RECEBER SE ESTIVER PRESO?
PARECE QUE NESTE PAÍS ESTÁ TUDO LOUCO E JÁ NÃO HÁ MORAL NEM DECORO.

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Reina o desnorte no seio do Eurogrupo e mesmo em toda a UE.

Hoje o presidente do Eurogrupo, ministro holandês das finanças, disse uma daquelas coisas que nunca podem ser ditas. Ainda que seja verdade, não pode, mais uma vez a bem da sacra confiança.
E o que disse este iluminado senhor? Nada mais que, o caso do Chipre pode vir a ser replicado, ou seja, para corrigir as falhas do setor bancário, ou quem sabe até outras quaisquer, pode noutros países ser aplicado o modelo de assaltar as contas dos depositantes, adiantando até que Malta e o Luxemburgo são casos onde o sistema bancário está sobredimensionado em relação à economia dos países. Assim apontando exemplos onde tal pode acontecer. Querem que todos os depositos sejam transferidos para a Alemanha?
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=24&did=101577
Veio algumas horas mais tarde e já depois de ter sido insultado por milhares de depositantes nos bancos europeus, até politicos talvez, tentar emendar a língua, fazendo sair um lacónico comentário onde diz que o Chipre é um caso específico e que cada resgate é um caso.
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=24&did=101606
Esta gente das instituições europeias ou tem uma agenda para destruir a UE ou então são mesmo incompetentes e pouco atentos. Talvez queiram só correr com os mais fracos, esses mandriões do sul da Europa. Mas que não se esqueçam que talvez o fracasso das economias do sul leve ao fracasso de toda a economia da UE. Claro está que uns sairiam melhor dessa situação que outros, mas nem sabemos dizer quem sairia melhor, tal a dependência de uns em relação aos outros em termos bancários.
Até a queda de Chipre poderia ser o fim do euro. Imaginemos a Grécia, Portugal, Espanha, Itália ou o Luxemburgo, caírem na bancarrota, levariam consigo muitos bancos de países que aparentemente estão bem em termos económicos e com excelentes ratings. Ou esses zelosos e produtivos povos do norte julgam que não? Por vezes esta gente se não é burra disfarça bem.
Há condições e dinheiro para atacar estas crises da divida, se não há dinheiro, desvalorizem o euro e imprimam notas até chegar para acabar com esta maldita crise das dividas soberanas. Não o fazem os EUA e a Inglaterra? Esta ultima astuta, não aderindo ao euro, nem prescindiu desse mecanismo para corrigir estes sobressaltos económicos.
ILUSTRES SENHORES DA “UE” E DOS PAÍSES DO NORTE, GANHEM JUIZO OU COMEÇAM A OUVIR-SE OS FANTASMAS DO PASSADO E O CORRESPONDENTE TROAR DOS CANHÕES.
ESTÃO, QUAL CASTIGO, A CONDENAR À POBREZA MILHÕES DE CIDADÃOS EUROPEUS. ATÉ QUANDO ACHAM QUE ELES VÃ AGUENTAR?

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Solução para a crise política. Eleições, remodelação ou governo de salvação nacional?

Vemos nas redes sociais e nas televisões vários apelos para soluções para a crise política em que estamos. Passam por uma de três opções de escolha possíveis.
Escutamos os mais alinhados a pedirem uma simples remodelação para o governo, solução que até o ilustre professor Marcelo parece defender ao pedir a Passos que corra com Relvas, tendo coragem para se livrar do amigo. Tentando assim manter um governo no qual já muito poucos, até dos que o elegeram, acreditam ou suportam.
Outros cidadãos e associações, defendem que perante a atual situação, que reconhecem como insustentável, o presidente da república deveria nomear um governo de salvação nacional, com gente de vários quadrantes políticos, mas sendo todos alinhados com a aceitação do memorando e empenhando-se na sua continuação. Teriam os governantes de ser encontrados entre personagens afetas aos três partidos do arco do poder.
Há depois os mais inconformados e que defendem a demissão do governo e a dissolução da assembleia da república e assim a convocação de eleições para encontrar novo governo. Parece que neste grupo se inscrevem os habituais contestatários do BE e CDU e nem se percebe muito bem o PS, pois apresenta uma moção de censura, que em teoria teria o derrube do governo como fim, mas não se define quanto a querer eleições ou não. Embora sempre tenha dito o inseguro Seguro, que o PS só será governo por eleições.
Nós opinamos agora tentando justificar a escolha entre uma das três opções. Sabendo que todas serão hipóteses legítimas, como legitima será a de manter tudo como está até ao debaque final. Pois pensamos que não resta outra alternativa ao presidente da república que não seja a de mudar as coisas rapidamente, sob pena de a agitação se tornar em convulsão social e assistirmos a revoltas e a chegada da bancarrota em grande alvoroço.
Sim porque a continuar esta situação económica e social, a bancarrota será uma questão de dias, ou então um novo resgate como já havíamos antecipado há alguns meses, não querendo copiar o senhor presidente da república ao dizer que já tinha avisado. Tal situação contrariará claramente o que foram durante 21 meses dizendo os nossos governantes, nem mais tempo nem mais dinheiro, pois não só vamos precisar de mais dinheiro, como precisaremos de mais tempo. Em tudo seremos a Grécia apenas com o atraso correspondente ao do resgate inicial, curioso que nunca mais ouvimos o primeiro-ministro nem outras pessoas a dizerem que “nós não somos a Grécia” como se isso fosse grave peçonha.
Pois já muito boa gente diz claramente que a divida se tornou impagável e que teremos de a renegociar. Também nós achamos que a situação é difícil, que drásticas medidas, teremos de tomar para dar um rumo com sentido positivo às contas públicas, sob pena de cairmos na eminente bancarrota e sermos obrigados a abandonar o euro e quem sabe a união europeia.
Pois, na atual condição, só nos parece praticável a hipótese de serem convocadas novas eleições e assim se legitimar a decisão que vier a ser seguida. Passamos a explicar o nosso raciocínio, se houver eleições os partidos claramente dirão o que defendem para o futuro das contas públicas, durante a campanha, a menos que mintam como os atuais governantes, que disseram uma coisa e fazem literalmente o oposto, e assim os portugueses ao sufragarem um programa eleitoral, legitimarão a solução encontrada. De outro modo correremos o risco de estar a por em prática uma solução que não vai ao encontro da maioria dos portugueses. Veja-se a situação que tiveram os italianos e que nas eleições só 10% dos eleitores quiseram e assim têm agora a crise entre mãos e dificilmente terão um governo rapidamente.
Para os que defendem que a solução com eleições será uma crise política e um atraso no encontrar de um caminho rumo à solução, dizemos que essa crise já está completamente instalada e só temos de arranjar forma de sair dela. Podemos encontrar uma mais rápida com eleições, ou uma como a italiana que atrasa tudo.
DEVERIAM OS PORTUGUESES PERCEBER QUE AS COISAS ESTÃO MUITO DIFICEIS EM TERMOS DE CONTAS E QUE A SOLUÇÃO VAI SER DOLOROSA, MAS TEMOS DE EVITAR O QUE ACONTECEU AOS GREGOS, AINDA TEMOS HIPOTESES.

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Sócrates e o regresso ao comentário político.

Sabe-se desde o princípio da semana que José Sócrates vai voltar a Portugal e ao comentário político na RTP. Goste-se ou não, cá o vamos ter a entrar em nossas casas semanalmente.
A mim agrada-me a liberdade de imprensa e nem sou dos que acha que não devemos pagar na RTP com o dinheiro dos contribuintes a um senhor que segundo alguns levou o país ao caos. Sei que em termos de audiências vai ser bom para a RTP e como tal foi uma jogada de mestre em termos de estratégia comercial. Depois há uma serie de teorias que podem ou não ser verdadeiras e como tal não lhes damos muita importância, admitimos apenas que tenha sido convidado e não se impôs a ninguém.
Sei que o homem já está a incomodar e a espicaçar muita gente e acho que com uma abrangência de cores politicas nada normal, talvez os mesmos que chumbaram o PEC IV. Diga-se que os mais críticos são o pessoal de direita mas que são quem o contratou, ninguém deve acreditar que o homem vai para a RTP sem a concordância do governo e do ilustre ministro Relvas. Criticam também os de esquerda, como já antes criticavam acesamente o governo dele. Mas também tem apoiantes, ao que parece em percentagem reduzida comparativamente com os detratores, como se pode constatar pelas petições a circular.
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=71618
Hoje o Sr. Marques Mendes, também ele comentador, na boa linha de astrólogo, vem desenvolver mais uma teoria em jeito de adivinhação. Nem queremos contrariar, pode ser que até tenha razão. Mas diz que o homem vem para a televisão para limpar a imagem e para se candidatar a presidente da república. Este senhor ou acha que ele Sócrates, se lhe deixarem pode e tem argumentos para justificar o que fez como primeiro-ministro, ou acha que os portugueses são uma cambada de burros que se vão deixar convencer por ele, reabilitando-o.
No primeiro caso, seria a falência das teorias de Marques Mendes e das dos membros do seu partido, e ele demonstrará que não foi o culpado do que aconteceu ao país, já no segundo caso, o homem crendo que Sócrates era o demónio da nossa condição, e a conseguir reabitar-se, os portugueses são uma cambada de totós e deixam-se enganar com facilidade. Aceite-mos que nem uma nem outra teoria lhe darão boa crítica a ele, Marques Mendes.
Há também os teóricos que defendem que esta é uma estratégia de Relvas, para arruinar a RTP e assim mais facilmente vender a televisão pública aos angolanos, ao mesmo tempo arranjou um motivo de distração para a malta não continuar a bater no governo e atirando a fúria a novo alvo, o demoníaco Sócrates. São todas boas hipóteses mas apenas isso.
Depois há os que são contra porque julgam o homem culpado da triste e infeliz condição de vida do povo português, há os que são a favor porque gostam do estilo do homem e até gostaram da sua governação, não fundamentando, ambas a facções, as suas escolhas em razão que não seja do foro emocional e intuição pessoal.
Remata-mos nós também com a nossa teoria, e que mais não é que isso mesmo, pois nem sequer tem na sua génese nenhum conhecimento privilegiado. Se estamos num país livre, democrático, sem censura e com sã concorrência como reguladora do mercado, no caso o televisivo. Porque raio, deveremos limitar ou condicionar uma escolha de uma direção de informação de uma empresa de televisão, apenas porque ainda é de capitais públicos?
Será apenas esta mais uma opinião. Certamente a experiencia de Sócrates trará mais uma faceta ao debate político e isso apenas nos parece bom, ao mesmo tempo deixará o homem dar a sua versão dos acontecimentos e logo julgaremos “sabiamente” dentro das nossas competências, se ele tinha razão ou não.
POIS DEIXEMOS O HOMEM FALAR SEM BOICOTES, DEIXEMO-LO JUSTIFICAR AS SUAS POSIÇÕES E JULGUEMOS DEPOIS.
SE QUEREMOS BOICOTAR DE UMA FORMA ADEQUADA, PODEMOS SEMPRE NÃO VER O SEU COMENTÁRIO POLÍTICO, MUDANDO DE CANAL OU DESLIGANDO A TELEVISÃO.

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Diário

Passos Coelho e as suas atitudes de caráter.

Hoje foi de novo dia de debate quinzenal no parlamento, contou com presença do primeiro-ministro e mais uns caladitos acompanhantes, o sabedor de geografia RELVAS ( 5 regiões= norte/centro/sul + algarve e alentejo), e dois secretários de estado para compor a tribuna.

Numa coisa são inatacáveis, chegam sempre antes da maioria dos deputados e às 09:59 horas estão na sua tribuna e prontos a debater, coisa que uns desrespeitosos deputados, por vezes mesmo a presidente da assembleia, não fazem, chegando atrasados e desrespeitando frequentemente o governo.
Tirando o aparte da pontualidade, em todo o resto é o governo que desrespeita toda a gente, desde os deputados ao povo e aos membros da concertação social. Trata com sobranceria os deputados da oposição, pois aos das bancadas que suportam o governo trata com candura própria de quem deve altos favores. Também estes últimos se colocam sistematicamente em apoio das medidas do governo e em clara falta de respeito pelo povo que os elegeu, já que este governo tem tratado a maior parte dos eleitores como simples cofres a ser extorquidos.
São lamentáveis os espetáculos a que somos sujeitos sempre que escutamos ou vemos na televisão as discussões/interpelações entre o governo na voz do senhor primeiro-ministro e os deputados. Frequentemente vemos com tristeza a falta de elevação e de honestidade que tanto uns como outros colocam nas demagógicas frases, quase feitas, que usam para retorquir as opiniões dos adversários.
Hoje o caso mais caricato, foi o do senhor primeiro-ministro dizer que não vai plasmar em lei a obrigatoriedade de aumentar o salário mínimo. Não sei se terá algum interesse subterrâneo, ou se terá já contratado com alguém um futuro emprego, nalguma empresa de algum multimilionário que tenha uma percentagem alta de ganhadores do salário mínimo nas suas fileiras de pessoal. Dizemo-lo porque se patrões e sindicatos estão de acordo até no valor de aumento para o novo salário mínimo, a única parte a opor-se é o governo, coisa que entenderíamos se houvesse muitos milhares de funcionários públicos a ganhar esse vencimento, mas não há e os que há provavelmente vão ser obrigados a rescindir amigavelmente. Passarão como voluntários à força, a amigáveis aceitantes da rescisão.
Por mais que tentemos, não conseguimos alcançar o sentido da medida, se ela não for dirigida a poupar uns milhares de euros a alguém ou então uma questão do perigoso foro ideológico, e o pior disto, é que nos parece que a ultima é mesmo a única razão. Entrámos no perigoso das razões ideológicas que são já conhecidas noutros tempos e situações. Nada de bom resultou desses tempos ou situações para os mais pobres dos trabalhadores. Afirmou ainda o senhor primeiro-ministro que o governo não vacilará porque é um governo com carater e determinado em executar as suas politicas, como tal quer é despachar a moção de censura rapidamente, essa moção anunciada pelo PS,mas que nem deu ainda entrada no parlamento e nem está agendada,. Atitude reveladora de claro desnorte e falta de preparação para governar.
Podiamos ainda falar das contradições entre o primeiro-ministro e o ministro das finanças, desta vez ausente, estará ainda a digerir os efeitos amargos da 7ª avaliação da Troika. Decidam-se e falem a uma só voz e digam-nos se o memorando está mal desenhado ou mal calibrado. Para quem não quer reduzir a questões semânticas as discussões, até que estão no bom caminho. Em bom rigor, nem estará mal desenhado, porque não é um desenho, nem mal calibrado, porque não é uma máquina ou instrumento que se calibre. Ao menos ilustres senhores doutores usem as palavras corretas para a situação. É uma ferramenta contabilistica e como tal é quase só matemática, quando muito teria pressupostos errados e logo erros de calculo. Assumam que não sabem prever e nem fazer contas, é tão só isso.
Se o governo necessita, como de pão para a boca, de impostos, como pode recusar um aumento de receita? Aumento de receita que ao mesmo tempo favorecia os beneficiários do salário mínimo, não incomoda as associações patronais e contenta os sindicatos. É preciso ter um primeiro-ministro um bocadito inapto para não concordar com isto. Mataria uma serie de “coelhos” com uma só cajadada. Será por ser matar coelhos que não aceita? Ou será apenas no meio da contestação que se sente bem? Com essa medida claramente retiraria capacidade de reivindicar aos sindicatos, sem com isso incomodar os patrões. Que inepto governa, que não aceita isto? Mas sempre diz que quem dos patrões quiser aumentar que o faça unilateralmente e assim sente-se desresponsabilizado de uma medida que em teoria acha que fará mal à competitividade. Deve achar que esses abastados ganhadores do salário mínimo, irão gastar esse dinheiro em viagens ao estrangeiro, só pode. Porque de outra forma esse valor de aumento irá aumentar o consumo interno e estimular a economia, no limite aumentará as poupanças, coisa em que não acreditamos, pois esta gente do salário mínimo mal tem para comer.
Também a oposição poderia e deveria ser mais assertiva na contestação e na apresentação de factos, em vez de tentar atacar pessoalmente o primeiro-ministro. Não faltam factos perturbadores e contradições entre práticas e discursos por parte do governo. Não faltam previsões erradas, não faltam más execuções orçamentais, não faltam metas por alcançar nem falta a violação da constituição sistematicamente, como se verá na sentença do TC quando sair. Se forem inconstitucionais as questões em apreciação, será o segundo orçamento, em dois note-se, a ter inconstitucionalidades, sim o do ano passado já tinha, mas os juízes a bem da coisa pública sentenciaram, é inconstitucional mas vai ficar. Estranha coisa, se eu fizer um roubo um dia destes, será que no julgamento podem dizer-me: roubaste, mas pronto fica lá com o produto do roubo e não faças mais isso?
TRISTES ESPETÁCULOS ESTES DESTA GENTE QUE DEVERIA DAR EXEMPLOS DE EDUCAÇÃO E HONESTIDADE.
ENSINOU-NOS O SR. PRIMEIRO-MINISTRO, QUE NÃO É FUNCIONÁRIO PUBLICO E QUE POR ISSO NÃO PODE RESCINDIR. TÊ-LO-Á DITO COM PENA DE NÃO SER E POR ISSO NÃO PODER RESCINDIR, OU ACHINCALHANDO OS FUNCIONÁRIOS PUBLICOS?

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